DAMÁRIO DA CRUZ - A BAHIA PERDE UM GRANDE POETA
Estamos, desde o último dia 21, privados do convívio poético de Damário da Cruz, que faleceu em Salvador e retornou ao mundo espiritual com toda a sua poesia que a todos nós encantou e emocionou.
Damário foi um símbolo da poesia e da cultura em Cachoeira, histórica cidade do Recôncavo baiano, onde mantinha um recanto que se tornou parada obrigatória para os seus visitantes. Um lugar especial onde reuniu seus poemas, além de um verdadeiro acervo histórico de peças decorativas, quadros, móveis e utensílios, etc. É assim o Pouso da Palavra localizado bem no coração da cidade e de onde vislumbramos belos prédios como o da antiga Cadeia Pública.
O Pouso da Palavra é um local onde descanso as tensões de qualquer viagem que realizo e que tem a cidade de Cachoeira como passagem. Como se fosse um imã me atraindo, não consigo deixar de dar uma parada para visitá-lo. E sempre foi muito bom quando eu conseguia encontrar o nosso poeta e com ele trocar algumas palavras para lembrarmos a histórica Rua Direita de Santo Antonio aqui em Salvador, onde fomos vizinhos nos anos 60.
O poeta Damário da Cruz nos deixou para realizar a sua viagem de volta ao mundo que gentilmente o colocou entre nós, porém, deixa conosco e sob a nossa responsabilidade um legado de sensibilidade na construção da palavra poética, um acervo valioso que fez, vinha fazendo e, certamente, continuará fazendo história na cultura da Bahia.
Que os Poderes Públicos e a sociedade trabalhem no sentido de preservação deste patrimônio cultural que também é de todo o Brasil! Que o Pouso da Palavra possa se transformar num grande memorial da poesia de Damário da Cruz!
E para o nosso deleite, uma poesia de Damário onde conseguiu resumir o que é a vida.
ARMADILHA (Damário da Cruz)
A vida
teima em ser
mais curta
e menos útil.
Ávida
inventa
mil atalhos
provocando fugas.
Ávida
não se engana
(não se engane!)
a vida só vale a vida.
Estamos, desde o último dia 21, privados do convívio poético de Damário da Cruz, que faleceu em Salvador e retornou ao mundo espiritual com toda a sua poesia que a todos nós encantou e emocionou.
Damário foi um símbolo da poesia e da cultura em Cachoeira, histórica cidade do Recôncavo baiano, onde mantinha um recanto que se tornou parada obrigatória para os seus visitantes. Um lugar especial onde reuniu seus poemas, além de um verdadeiro acervo histórico de peças decorativas, quadros, móveis e utensílios, etc. É assim o Pouso da Palavra localizado bem no coração da cidade e de onde vislumbramos belos prédios como o da antiga Cadeia Pública.
O Pouso da Palavra é um local onde descanso as tensões de qualquer viagem que realizo e que tem a cidade de Cachoeira como passagem. Como se fosse um imã me atraindo, não consigo deixar de dar uma parada para visitá-lo. E sempre foi muito bom quando eu conseguia encontrar o nosso poeta e com ele trocar algumas palavras para lembrarmos a histórica Rua Direita de Santo Antonio aqui em Salvador, onde fomos vizinhos nos anos 60.
O poeta Damário da Cruz nos deixou para realizar a sua viagem de volta ao mundo que gentilmente o colocou entre nós, porém, deixa conosco e sob a nossa responsabilidade um legado de sensibilidade na construção da palavra poética, um acervo valioso que fez, vinha fazendo e, certamente, continuará fazendo história na cultura da Bahia.
Que os Poderes Públicos e a sociedade trabalhem no sentido de preservação deste patrimônio cultural que também é de todo o Brasil! Que o Pouso da Palavra possa se transformar num grande memorial da poesia de Damário da Cruz!
E para o nosso deleite, uma poesia de Damário onde conseguiu resumir o que é a vida.
ARMADILHA (Damário da Cruz)
A vida
teima em ser
mais curta
e menos útil.
Ávida
inventa
mil atalhos
provocando fugas.
Ávida
não se engana
(não se engane!)
a vida só vale a vida.