Chico Buarque em Piracicaba!?
Os olhos azuis e o "Eu" feminino
Francisco Buarque de Hollanda Chico é filho de Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), um importante historiador e jornalista brasileiro e de Maria Amélia Cesário Alvim(1910 _2010), pintora e pianista.
O "eu" feminino
Composições que se notabilizaram pela decantação de um "eu" feminino, retratando temas a partir do ponto de vista das mulheres com notória poesia e beleza: esse estilo é adaptado em Com açúcar e com afeto escrito para Nara Leão; continuou nessa linha com belas canções como Olhos nos Olhos e Teresinha, gravadas por Maria Bethânia, Atrás da Porta, interpretada por Elis Regina, e Folhetim, com Gal Costa, Iolanda (versão adaptada de letra original de Pablo Milanés), num dueto com Simone, Anos Dourados - um clássico feito em parceria com Tom Jobim para a minissérie de mesmo nome e "O Meu Amor" para a peça "Ópera do Malandro" interpretada por Marieta Severo e Elba Ramalho sendo que, para essa última, fez também "Palavra de Mulher".
Bibliografia :
ALBIN, Ricardo Cravo (Criação e Supervisão Geral). Dicionário Houaiss Ilustrado da Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro: Paracatu, 2006.
CONVITE ESPECIAL:
Próximos homenageados do Sarau Literário Piracicabano do dia 18 de Maio de 2010:
Chico Buarque e o conjunto musical Receita Caseira (cantando Chico Buarque e seus parceiros)
Local: No Teatro Municipal “Dr. Losso Netto na sala 2 na Rua Gomes Carneiro, 136 -Piracicaba-SP
Dia: 18 de Maio (Terça-feira): 19h30 às 21h30
Ingresso: Gratuito (limite 100 lugares)
Classificação: Livre
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QUER SABER + ENTRE NA AGENDA CULTURAL PIRACICABANA:
http://agendaculturalpiracicabana.blogspot.com/
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Tatuagem
Composição: Chico Buarque - Ruy Guerra
Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é prá te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também prá me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva...
Corações de mãe, arpões
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...