"Grande Compadre"
Ao Compadre Lemos...
Meus respeitos, amigo Poeta...
É isso aí Compadre lemos
A literatura é uma só
Para que nós complicarmos
E nela querer dar um nó?
A liberdade em sua escrita
É coisa boa e bendita
Porque fazer dela "bozó"?
E o cordel é coisa linda
Já faz parte do meu ser
Com poeira, vento e estrada
Sem ele não sei viver
Já sou conhecido por isso
Que meu cordel tem feitiço
Na arte do bem querer...
Com ele fiz amizades
Ganhei estima e apreço
De motociclistas distantes
Que nunca ví, nem conheço
Isso vale diamantes
Ouro, prata e até brilhantes
Porém na real não tem preço...
Tu sabes que sou rebelde
A nada me submetendo
Mas podes ter a certeza
Que a você eu entendo
Bem como á ti lhe respeito
Por ser um cabra direito
Sempre bons versos tecendo...
Que tenhas em mim um amigo
Pois muito respeito o senhor
Assim como respeito também
"Mestres Cordelistas" do amor
Respeito pra ser respeitado
Repetindo sempre o ditado:
"Bateu em mim vai sentir dor"...
E mesmo sem ser nordestino
Como o nobre Damião
Mas gostando demais do nordeste
Pois o guardo em meu coração
Me considero um cordelista
Sem ser um mestre ou artista
Como Patativa e Lampião...
Receba então, Compadre Lemos
Abraço e aperto de mão
Saiba que lhe tenho estima
E muita consideração
Ao senhor o meu respeito
Deste sempre humilde sujeito
Paulada, senhor do estradão!
Fico honrado pelo carinho de vossa atenção, nobre
Compadre Lemos.