CARMEN
12/02/2009 - 13:32
Quando cheguei ao final da linha eu pude finalmente abrir meus olhos e ver o que (antes oculto) morria em mim e por mim: eu mesma!
Percebi o quanto havia percorrido e quando ainda desconhecia de meu caminho. Senti uma mansidão esmagadora e uma vontade voraz de ser quem eu era mais uma vez.
Ter a mesma chance de novo e tudo poder mudar. Reinventar a mesma história.
E tudo de novo viver. Como se agora valesse mais a pena que antes.
Um anjo tocável mostrou meus dias e as poucas escolhas que tive que fazer. Mostrou o quando eu era imperfeita e quando ainda havia para aperfeiçoar.
Ousei me contar sobre o tempo. Medir. Como se isso importasse ainda.
O paraíso era logo ali e eu nunca busquei tocar.
Meras tolices cotidianas...
Meu sorriso pequeno se abriu como a flor que jamais ousei cheirar e minha música mais uma vez tocou.
Se eu pudesse novamente escolher eu diria sim a você quando pareceu ser impossível dizer. Apenas dizer... ousar o “sim” que jamais me dei.
Que pouco soube merecer... O ato mais descompromissado e preciso que não se findou. E agora viverei mais cem vidas para merecer este sim ... ou queimarei minha alma por ele.
Diante deste fim ilusório toco-me lentamente. Aperto-me em meus braços.
Canto outro louco cântico. Aprecio o silencio e calo diante da imensidão que sempre desconheci.
Este eterno medo tornou-se necessário e preciso.
Eis que a pouca morte é doce e sutil.
Se, implorassem algumas palavras finais, silenciaria.
E em meu epitáfio deixaria uma mensagem final:
“Quem pouco existiu, não ousa morrer jamais”
E sem mais dramas e despedidas, repousaria no eterno instante do momento. Sem medos medianos e vontades contraditórias.
Sem mais mas...
Seria uno e primo.
Seria o que sempre fui: Carmen.
Nota da autora: para a mulher que existe em mim e que partiu sem minha permissão.
12/02/2009 - 13:32
Quando cheguei ao final da linha eu pude finalmente abrir meus olhos e ver o que (antes oculto) morria em mim e por mim: eu mesma!
Percebi o quanto havia percorrido e quando ainda desconhecia de meu caminho. Senti uma mansidão esmagadora e uma vontade voraz de ser quem eu era mais uma vez.
Ter a mesma chance de novo e tudo poder mudar. Reinventar a mesma história.
E tudo de novo viver. Como se agora valesse mais a pena que antes.
Um anjo tocável mostrou meus dias e as poucas escolhas que tive que fazer. Mostrou o quando eu era imperfeita e quando ainda havia para aperfeiçoar.
Ousei me contar sobre o tempo. Medir. Como se isso importasse ainda.
O paraíso era logo ali e eu nunca busquei tocar.
Meras tolices cotidianas...
Meu sorriso pequeno se abriu como a flor que jamais ousei cheirar e minha música mais uma vez tocou.
Se eu pudesse novamente escolher eu diria sim a você quando pareceu ser impossível dizer. Apenas dizer... ousar o “sim” que jamais me dei.
Que pouco soube merecer... O ato mais descompromissado e preciso que não se findou. E agora viverei mais cem vidas para merecer este sim ... ou queimarei minha alma por ele.
Diante deste fim ilusório toco-me lentamente. Aperto-me em meus braços.
Canto outro louco cântico. Aprecio o silencio e calo diante da imensidão que sempre desconheci.
Este eterno medo tornou-se necessário e preciso.
Eis que a pouca morte é doce e sutil.
Se, implorassem algumas palavras finais, silenciaria.
E em meu epitáfio deixaria uma mensagem final:
“Quem pouco existiu, não ousa morrer jamais”
E sem mais dramas e despedidas, repousaria no eterno instante do momento. Sem medos medianos e vontades contraditórias.
Sem mais mas...
Seria uno e primo.
Seria o que sempre fui: Carmen.
Nota da autora: para a mulher que existe em mim e que partiu sem minha permissão.