ALTA COSTURA//SONETO À MINHA MÃE.
ALTA COSTURA
(Autor desconhecido).
Este é para todas as mães aqui do Recanto das Letras.
No tecido da história familiar,
as mãos de minha mãe reforçaram as costuras
para nos proteger
de qualquer empurrão da vida...
As mãos de minha mãe uniram um alinhavo
às partes do molde, sem esquecer que
cada uma é diferente da outra
e que juntas formam um todo
como a família....
As mãos de minha mãe fizeram bainhas,
para que pudessem crescer, e não
ficassem curtos os ideais...
As mãos de minha mãe remendaram
os estragos, para voltarmos a usar
o coração sem fiapos
do ressentimento...
As mãos de minha mãe juntaram retalhos
para que tivéssemos uma manta
única para nos cobrir...
As mãos de minha mãe pregaram botões e presilhas
para que não perdêssemos a esperança...
As mãos de minha mãe aplicaram elásticos,
para podermos nos adaptar folgadamente
às mudanças exigidas pelos anos...
As mãos de minha mãe bordaram maravilhas
para que a vida nos surpreendesse com suas
dádivas de beleza.
As mãos de minha mãe coseram bolsos
para neles guardar
moedas valiosas
das melhores recordações
e da minha identidade.
As mãos de minha mãe, quando estavam quietas
zelavam os meus sonhos para que alimentassem
os meus ideais com o pó
de suas estrelas
As mãos de minha mãe seguraram-me
com linhas mágicas, quando entrava na vida
para começar a vesti-la
As mãos de minha mãe nunca abandonaram
o seu trabalho
e sei muito bem que hoje, onde estiverem,
zelam por mim
como se estivessem comigo.
SONETO À MINHA MÃE *
(Hermílio Pinheiro de M. Filho)
Beijo-te as mãos, ó minha mãe querida
E gravo os versos meus nos teus diademas
Porque és o mais perfeito dos poemas
Em livro de ouro me dourando a vida.
Beijo-te assim, com minh’alma aferida
Em versos fúlgidos, como as falenas
Beijam as flores, sacudindo as penas,
E em teu colo me beijas comovida.
Amo-te com a ternura de um menino
Que ainda sou. E assim pueril me ufano
Do teu ventre materno. E se hoje brilho
Rendo-te graças pelo meu destino
Não te beijo com amor edipiano
Te amo e te beijo porque sou teu filho.
*Republicado.
ALTA COSTURA
(Autor desconhecido).
Este é para todas as mães aqui do Recanto das Letras.
No tecido da história familiar,
as mãos de minha mãe reforçaram as costuras
para nos proteger
de qualquer empurrão da vida...
As mãos de minha mãe uniram um alinhavo
às partes do molde, sem esquecer que
cada uma é diferente da outra
e que juntas formam um todo
como a família....
As mãos de minha mãe fizeram bainhas,
para que pudessem crescer, e não
ficassem curtos os ideais...
As mãos de minha mãe remendaram
os estragos, para voltarmos a usar
o coração sem fiapos
do ressentimento...
As mãos de minha mãe juntaram retalhos
para que tivéssemos uma manta
única para nos cobrir...
As mãos de minha mãe pregaram botões e presilhas
para que não perdêssemos a esperança...
As mãos de minha mãe aplicaram elásticos,
para podermos nos adaptar folgadamente
às mudanças exigidas pelos anos...
As mãos de minha mãe bordaram maravilhas
para que a vida nos surpreendesse com suas
dádivas de beleza.
As mãos de minha mãe coseram bolsos
para neles guardar
moedas valiosas
das melhores recordações
e da minha identidade.
As mãos de minha mãe, quando estavam quietas
zelavam os meus sonhos para que alimentassem
os meus ideais com o pó
de suas estrelas
As mãos de minha mãe seguraram-me
com linhas mágicas, quando entrava na vida
para começar a vesti-la
As mãos de minha mãe nunca abandonaram
o seu trabalho
e sei muito bem que hoje, onde estiverem,
zelam por mim
como se estivessem comigo.
SONETO À MINHA MÃE *
(Hermílio Pinheiro de M. Filho)
Beijo-te as mãos, ó minha mãe querida
E gravo os versos meus nos teus diademas
Porque és o mais perfeito dos poemas
Em livro de ouro me dourando a vida.
Beijo-te assim, com minh’alma aferida
Em versos fúlgidos, como as falenas
Beijam as flores, sacudindo as penas,
E em teu colo me beijas comovida.
Amo-te com a ternura de um menino
Que ainda sou. E assim pueril me ufano
Do teu ventre materno. E se hoje brilho
Rendo-te graças pelo meu destino
Não te beijo com amor edipiano
Te amo e te beijo porque sou teu filho.
*Republicado.