ÀS MÃES

A Amor incondicional

S Sensibilidade profunda

M Mistérios inexplicáveis do coração

A Amor que se torna razão da vida

E Este sentir intenso, sem medidas

S Só o criador explica

Peço a Deus que na sua infinita bondade abençoe todas as Mães.

E a todas aquelas mulheres que sem o laço consangüíneo amam seus filhos (as).

( A leitura a seguir é recomendada a corações fortes.)

( Os nomes dos personagens são fictícios )

**Um conto espiritualista em homenagem às mães**

Alegrias e dores de um Anjomãe. ( Maria )

No quarto hospitalar ricamente ornado de flores, a ternura estava presente em todos os corações, Catarina olhava embevecida para Carla recém nascida, que mamava no seu seio com sofreguidão, em sua volta, presentes estavam, o esposo, a mãe, o pai, irmãos, amigos, todos tinham os olhos marejados de lágrimas.

"Maria" (Anjomãe) ao seu lado, invisível aos olhos humanos, em pé orava em agradecimento a Jesus. Lembrou-se de alguns meses atrás, quando fora requisitada pelo Lúcio ( anjo da guarda de Catarina) ele falou; _ “Nobre Anjomãe, minha tutelada ao saber da gravidez entrou em pânico, está preocupada, porque é recém casada, ela e o marido se acham atolados em dividas, está acreditando o momento ser inadequado para gravidez.”

Maria lhe acariciou o rosto e disse: _”Me chame de Maria, sou apenas tua irmã, vamos ver o que podemos fazer- “

Somente com sua presença sem pronunciar um A, Catarina se reajustou. Espantou os maus pensamentos e se apaixonou pelo futuro bebê, se tornando uma gestante lúcida e cuidadosa com sua saúde e do feto, culminando no nascimento da menina forte e saudável.

Talvez influenciada por Lúcio ou "Maria", Catarina olhando a filha com alegria falou baixinho: _” Oh!... filha me perdoe, no primeiro momento fiquei com medo, agora vendo você aqui, sinto que adquiri super poderes, estou preparada para vencer qualquer coisa neste mundo... obrigada filha por esta felicidade” - Seu esposo a beijou, e falou: _ “Eu também filha, tive receio, agora me sinto um super homem, nada mais me abala” - Começou a soluçar discretamente de felicidade, a avó chorava em abundancia o avô junto com os amigos enxugavam as lágrimas em silêncio.

"Maria", aureolada de luz enquanto orava, recebeu um pedido de socorro de Rubens, um dos seus anjos auxiliares.

Ela comandava poderosa equipe de anjos socorristas, na velocidade do pensamento atendeu ao chamado.

Quando chegou, viu, uma moça andando devagar com o semblante crispado de sofrimento, carregando bebê recem nascido nos braços.

Rubens exclamou; _” Graças a Deus chegastes MãeMaria, a situação é desesperadora, esta irmã ao acabar de dar a luz, pensou em matar o bebê, felizmente conseguimos evitar o infanticídio, estamos tentando levá-la a local onde possa ser socorrida, mas os trevosos nos impedem, a envolvem e tentam fazê-la matar a criança.”

"Maria" sentiu um baque no coração, pensou em imediato tocar nos centros de forças da moça, a levando ao desmaio, assim o seu anjo da guarda teria tempo para buscar o socorro, mas a voz doce e suave da sua consciência a alertou; _“ Somos seres a serviço da luz, não podemos interferir no livre arbítrio, as conseqüências poderiam ser desastrosas, se o Criador Divino não interfere no nosso livre arbítrio, quem somos nós para não respeitá-lo?”

Começou a orar, sua luz iluminou as trevas, os seres trevosos, fugiram apavorados, a moça um pouco cansada parou e sentou numa marquise próxima a grande maternidade, o bebê começou um choro muito fraco.

A moça falou com rispidez; _ “ Não chore, se não, te esgano aqui mesmo” -

O bebê sentindo que sua vida estava por um fio, prendeu a respiração e ficou como um morto, os anjos estavam consternados com tanta maldade, a um ser indefeso.

"Maria" a envolveu com toda a sua luz, buscou tocar o coração da moça, tentou encontrar a chispa Divina que existe em todos os seres da criação.

Magoa, ódio, desespero, cobriam a centelha divina.

"Maria", sentiu seus esforços impotentes, o coração da moça envolto em ódio se apresentava inacessível, parecia o mesmo que tentar furar grossa placa de aço utilizando uma leve pena.

Os anjos não desistem.

Disse para si;

_ “ Se não posso, Há quem pode” -Suplicou o amparo Divino.

A desventurada mãe se levantou, talvez acreditando a criança estar morta, a colocou num saquinho de lixo se aproximou da lixeira titubeando, a jogou lá dentro.

Os anjos ficaram aliviados, agora poderiam agir em socorro do bebê. Inspirados por "Maria", saíram tocando os corações das pessoas que estavam por perto.

Tarefa árdua, difícil, pois as pessoas estavam completamente absorvidas por seus problemas, não registravam a presença deles.

A moça sentiu aliviada por jogar a criança na lixeira, como se livrasse de grande estorvo, se afastou rapidamente dali, seguida por "Maria".

Depois de algum tempo, pela telepatia, Rubens narra eufórico aos céus o resultado;_” Graças a Deus conseguimos fazer a menina chorar, aumentamos o sentido de audição de um segurança, ele possui coração dócil aos nossos estímulos, e já a encontrou, emocionado a encaminha para pronto socorro”.

"Maria", olhou para o alto e sorrindo disse; _”Agora sei que posso agir”- Tocou os centros de força da moça, que sentindo fraqueza sentou-se em banco de praça que apareceu em seu caminho, e praticamente desmaiou.

"Maria" usando a telepatia, pediu auxilio a anjos enfermeiros que atenderam prontamente, iniciaram tratamento ao corpo físico e astral da sofredora.

Dentro da praça surgiu luz de intenso brilho, muitos anjos se reuniram em torno de "Maria" (Anjomãe) que começou a orar;

“Senhor Jesus... Neste instante nos dirigimos a vós em agradecimento ao seu auxilio cheio de amor, nos acontecimentos do momento.

Ainda somos almas que não compreendem os desígnios do nosso Pai Celeste...

Estamos felizes, a criança seguirá sua vida amparada por seu amor. Temos aqui nossa desventurada irmã, que sabemos também estar sob os desígnios do Altíssimo, e amparada por vós.

Ensinastes-nos a orar pelos sofredores, e criminosos.

Inspira-nos Senhor... a ver esta irmã como uma sofredora, enganada pelas ilusões deste mundo...

Bem sabemos que não podemos julgar ninguém, muito menos esta infortunada irmã

Pois sabemos que é muito fácil orar pelas mães bem sucedidas que amam seus filhos.

Fácil também orar pelas vitimas.

Raramente alguém se lembra dos criminosos, daqueles que cometeram crimes hediondos contra a natureza, e principalmente contra si mesmos, Nossa irmã não tem a mínima noção dos efeitos dolorosos e terríveis, da sua ação nefasta.

Pedimos nesta hora... Abençoe esta infeliz mãe, que esteve prestes a cometer um infanticídio, que ela consiga seguir sua vida sem mais delitos.

Derrame suas bênçãos Divinas a todas essas mulheres, que cometeram esses crimes terríveis. Mataram seus filhos, os jogando fora como lixo que se descarta.

Oh!.. Senhor... Com toda nossa alma te suplicamos ... Toque o coração destas desventuradas e infelizes criaturas, que jogam fora o direito Divino de serem mães... Toque suas almas ... Se não querem seus rebentos, que os deixem em local onde alguém possa encontrá-los, e dar-lhes o que mais precisam, amor e cuidados”...

Todos os anjos choravam ao término da prece.

Os anjos enfermeiros terminaram sua tarefa. A moça acordou mais disposta fisicamente sentindo uma pontada de remorso, que a acompanharia pelo resto da sua vida.

A plêiade luminosa se afastou.

"Maria" a abraçou, e disse ao seu ouvido:

“Procure Deus no seu coração, por enquanto nada posso fazer por você, infelizmente tenho que deixá-la entregue aos trevosos, e quanto ao seu remorso, Só Jesus, pode aliviar seu sofrimento.”

As primeiras estrelas surgiam no firmamento, seres Divinos se sentiam felizes por terem sido úteis, aliviando os sofrimentos humanos.

A pobre moça não ouviu o Anjomãe, caminhava aparentemente despreocupada, acompanhada por seres trevosos sem saber que começava ali, um tempo de muitos sofrimentos.

Obs. Este texto dedico a todos os meus irmãos....

Filhos(as) de Dona Euplinda Maria