30 de abril - Dia da Baixada Fluminense, minha terra!
Hoje, 30 de abril, comemoramos o Dia da Baixada Fluminense. Um dia é pouco, para falar da grandeza desta região que concentra grande parte da população brasileira e do Produto Interno Bruto do estado do Rio de Janeiro.
Conheceu o desbravamento a partir do ciclo de mineração no Brasil, no século XVIII, quando foi importante corredor de escoamento do ouro de Minas Gerais. Mais tarde, já no século XIX, foi uma das primeiras regiões de plantio do café. Outro grande impulso econômico se deu com a criação da Estrada de Ferro Dom Pedro II . Já no Segundo Reinado, esvaziou as rotas tradicionais pelos rios e caminhos da região, mas faz surgir novas vilas e povoados, que hoje formam as principais cidades dessa região.
No início do século XX, a Baixada Fluminense começou a receber obras de drenagem, de forma a habilita-la para receber a grande leva de migrantes vindos de outros cantos do país em busca de melhores condições de vida na então capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, bem como diminuir os graves problemas de saúde, marcadamente os surtos de malária que assolavam a região.
Na segunda metade deste mesmo século, ficou consolidada sua imagem como uma região de grandes problemas sociais e de violência urbana, que perdura até hoje.Das regiões em que costuma ser dividido o Estado do Rio de Janeiro, é a segunda mais populosa, com mais de três milhões de habitantes, só sendo superada pela capital.Quanto aos municípios que a compõem, há unanimidade com relação a Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Queimados e Mesquita, Magé e Guapimirim, Japeri, Paracambi, Seropédica e Itaguaí .
Mesmo tendo um dia, ainda assim somos coadjuvantes. Basta ver como a grande mídia fala da nossa terra.
Porém quem vive a Baixada, sabe o que é construir um sonho.
Sabe o que é conviver com problemas históricos, mas ainda assim continuar sorrindo, cantando e acreditando que vale a pena.
Assim é o povo da Baixada. Aquele que deixa a família quando o sol ainda não nasceu e volta, (quando volta?!), quando a lua já reina no céu. Povo que chora por seus filhos, que se foram, que se perderam e transformam suas lágrimas em força e orações. Povo que não tem médico, escola, saneamento, mas continua fazendo a festa nas ruas, nas casas, na vida.
Não, isso não é visto na televisão. O que é visto é o tapinha nas costas em tempos de interesses. É terra de escorias. Soluções? Só nos discursos.
Ainda assim, somos a Baixada de João Candido; Baixada de Tenório Cavalcanti; Baixada do português Mirandela; Baixada do verdadeiro primeiro presidente negro da história Nilo Peçanha e Baixada das Mães, dos pais, dos filhos e baixada dos Brasileiros.
30 de abril, um dia é pouco pra falar, e comemorar, mas é o dia da BAIXADA FLUMINENSE!