E assim Deus foi colhendo cada Rosa...
Aos três anos de idade,
Mamãe recebeu a trágica notícia,
Que até minha mocidade,
Vi como um milagre esta malícia...
Não me lembro do vovô querido, quando faleceu...
E só um pouquinho do tio Mário, quando morreu...
Lembro de sonhos coloridos, que o Tio Edson plantou e não colheu...
(Desses nunca vou me esquecer, que bom que a Deus escolheu),
As doces palavras da Tia Avó, Vovó Zélia que sempre gostava de brincar,
E do seu filho que conheci e logo partiu, Sua história me fez encantar...
Tia Lúcia, Minha tia favorita, Com um amor maior que seu coração...
Mostrou ao mundo que a vida vale à pena, e deixou dois filhos de criação...
E assim Deus foi colhendo cada flor do jardim que ele plantou...
Até que chegou a Vez da Mamãe, Rosa bela, tão singela, Deus para si tomou...
Confesso que no meu egoísmo, achei que não sentiria mais dor...
Para mim ali se foi toda gota do meu maior amor...
Não achei que Deus foi injusto, Agradeço por cada segundo lado a lado...
Mas achei que em todo esse mundo, A morte seria para mim um silêncio calado!
No natal, não cheguei a tempo, e com tantos contratempos...
Não visitei a família querida...
Fui noticiada, da morte do meu querido “Vovô” Diomiro,
Chorei baixinho, fez-me lembrar mamãe... Sua história, admiro!
Voltei calada, para um novo início...
Não vi a família amada, vai ser grande o malefício!
De uma forma tão sutil, chegou para mim o recado...
Em um e-mail nada gentil, para eu ser informado...
Mais uma Rosa do jardim, Deus recolheu...
Quem sabe quis presentear alguém, e as mais lindas rosas lhe deu...
Assim vou dando adeus as rosas, que foram colhidas...
Da família Gonçalves, que sempre esteve florida...
Tudo que posso fazer, faço...
Que é deixar meu terno abraço!