Catarse Cósmica
( Diana Gonçalves )
Bem (penso), deve ser acidente, coincidência ou acaso a altitude de alguns versos! Mas não: certos poemas nos fazem bem mesmo; a eterna escolha (e troca-troca) das palavras se define, aparece, fica clara, funciona, convence.
Os bons versos, da maior dignidade poética, pedem um estudo aprofundado (em conjunto, claro, com o resto da obra).
Para atingir a catarse cósmica, alguns versos até podem ser mais transpassantes; mas todos precisam ferir igualmente, e igualmente sarar e confortar. O trabalho que atinge tal nível de realização literária merece, pois, um aplauso completo.
Afinal, a fama dos Homeros, Dantes, Pessoas e Camões não emergiu do nada...
No poema universal, todos nos encontramos. E universal por quê?
Porque o vate soube juntar alto conteúdo (temas essenciais da alma humana) à admirável forma (imagens literárias inéditas, inesperadas, competentemente figuradas --- enfim presença das qualidades e ausência dos defeitos do estilo), atraindo-nos e nos deleitando.
O bom poema tem, pois, que atrair, prender (pelo que contém de geral) e deleitar, encantar (pelas surpresas formais).
O futuro poético e o bom autor se procuram. A julgar por alguns trabalhos de Diana, presume-se uma posterior obra madura, equilibrada, pensada antes de sentida, sentida antes de escrita, rasgada após escrita (ao menos em parte).
O lirismo de certos escritos seus nos chega docemente. Com a re-leitura crítica, ampliação dos temas, mudança de uma ou outra palavra, esses trabalhos crescerão em valor, conquistando um espaço definitivo em nossas almas errantes.
( Diana Gonçalves )
Bem (penso), deve ser acidente, coincidência ou acaso a altitude de alguns versos! Mas não: certos poemas nos fazem bem mesmo; a eterna escolha (e troca-troca) das palavras se define, aparece, fica clara, funciona, convence.
Os bons versos, da maior dignidade poética, pedem um estudo aprofundado (em conjunto, claro, com o resto da obra).
Para atingir a catarse cósmica, alguns versos até podem ser mais transpassantes; mas todos precisam ferir igualmente, e igualmente sarar e confortar. O trabalho que atinge tal nível de realização literária merece, pois, um aplauso completo.
Afinal, a fama dos Homeros, Dantes, Pessoas e Camões não emergiu do nada...
No poema universal, todos nos encontramos. E universal por quê?
Porque o vate soube juntar alto conteúdo (temas essenciais da alma humana) à admirável forma (imagens literárias inéditas, inesperadas, competentemente figuradas --- enfim presença das qualidades e ausência dos defeitos do estilo), atraindo-nos e nos deleitando.
O bom poema tem, pois, que atrair, prender (pelo que contém de geral) e deleitar, encantar (pelas surpresas formais).
O futuro poético e o bom autor se procuram. A julgar por alguns trabalhos de Diana, presume-se uma posterior obra madura, equilibrada, pensada antes de sentida, sentida antes de escrita, rasgada após escrita (ao menos em parte).
O lirismo de certos escritos seus nos chega docemente. Com a re-leitura crítica, ampliação dos temas, mudança de uma ou outra palavra, esses trabalhos crescerão em valor, conquistando um espaço definitivo em nossas almas errantes.