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                    A uma poetisa em flor 
                     (
  annabailune  )
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     Li atentamente alguns trabalhos teus. Apenas um ou outro se apresenta com trajes gramaticais e estilísticos descuidados.  Os outros, embora ainda carvão, apontam para um futuro ofuscante.

   Trabalhas, ao contrário de tantos vates titubeantes, sem medo de te ferires no idioma, ou de que o idioma fira teus leitores.

   Arriscas, portanto, sempre: jamais empregas a simples linguagem demarcada, as expressões-de-rebanho, nunca seguindo os infinitos rastros alheios.

   Não jogas palavras fora. Ou melhor: só jogas: ao selecioná-las da multidão verbal, parti-las e operá-las; ao dispores soberbamente delas, demonstrando seu domínio, num (re-)manejo incomparável, na necessária ousadia...
     Daí a enxutez da tua suavíssima produção lírica.

   E impressionante como todos os teus comentaristas - até aqueles altamente repetitivos e ocos - descobriram de imediato sua precisa dimensão de poeta.  É só lê-los - alarmes tocando, sinos saudando.
               

  Permita-me segredar-te: todos os comentários feitos por teus admiradores são proféticos.  Tu serás grande.  Teu talento nos faz atravessar um sombrio vale florido, generoso de desvãos singelos.  
    Não nos abandone nunca, nunca!
 

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Enviado por Jô do Recanto das Letras em 05/03/2010
Reeditado em 23/08/2013
Código do texto: T2122309
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