A BAIXINHA
Seu nome mesmo é Vicenta di Fátima Ippolito. Descendente de italianos, dona, pois, do jeitinho peculiar daquela “tutti, tutti bona gente”, a Vicenta, a Vicentina ou simplesmente a Baixinha, como é chamada na intimidade pelos colegas, é a alegria, o riso e o bom humor personificados.
Sua presença tornou-se imprescindível para todos nós, companheiros de trabalho, pois ela, com o seu ar brejeiro e seu risinho sarcástico, conquistou definitivamente um cantinho todo especial em nossos corações.
Menina simples, boa, accessível, chega a ser ingênua até. Agindo sempre com a mais pura das intenções, seu coração desconhece a maldade, sua alma o rancor e suas atitudes a hipocrisia. Adora, em contraposição, a brincadeira sadia, a presença de espírito, a cultura da veia humorística.
Por isso resolvi falar dela, ou melhor, sobre ela, neste breve e despretensioso trabalho. Uma pequena homenagem do seu colega, de quem a conhece de perto, de quem a estima deveras, a ponto de estar sempre, em qualquer tempo e em qualquer ocasião, pronto a defendê-la a bem da verdade, com unhas e dentes, retrucando decidido:-
“- Quem? Não, velho! A Baixinha é grande, meu! ...”
-o-o-o-o-o-
São Paulo, 31/05/65
OBS.:- dedicado à Vicenta, uma excepcional colega de trabalho (Elevadores Atlas).