À PAULO LEMINSK
Nesse final de semana eu andei lendo Paulo Leminsk. Que coisa linda! Abasteci minha alma de poeta! Quanta inspiração, quanto sentimento! Verdades escancaradas em frases curtas, que nos fazem pensar quão grande era o seu talento, nessa tão difícil arte de escrever.
Esse paranaense de bigodão e cara de bravo, tinha em seu coração (parafraseando Drummond) “o sentimento do mundo”. Ousado, pichou poemas nos muros de Sampa.
Não foi morto “a pau, a pedra, a fogo e a pique”, mas até hoje o “filhodaputa ainda faz chover em nosso piquenique”. Deixou-nos em 89, mas sua poesia vive, porque os poetas são eternos. Como pode morrer alguém que diz:
“lembrem de mim
como de um
que ouvia a chuva
como quem assiste missa
como quem hesita, mestiça,
entre a pressa e a preguiça”
Vivo está entre nós, nos espreitando atrás da porta, com seus óculos redondos e sua curiosidade de criança.
“quando eu tiver
setenta anos
então vai acabar
esta minha adolescência”
Não. Ainda hoje, nessa leitura, o vi adolescente. Fez-me rir de seus versos tresloucados, como a dizer: “aprende menina, a fazer poesia. Vocè ainda é nova. Anda, cria!
“uma chuva de estrelas
deixa no papel
esta poça de letras”
Poça que nos inunda de encantamento, cada vez que nos aprofundamos na sua poesia.
“abrindo um antigo caderno
foi que eu descobri:
Antigamente eu era eterno”
Fecho um outro caderno e o sinto aqui perto, tão terno!
Nesse final de semana eu andei lendo Paulo Leminsk. Que coisa linda! Abasteci minha alma de poeta! Quanta inspiração, quanto sentimento! Verdades escancaradas em frases curtas, que nos fazem pensar quão grande era o seu talento, nessa tão difícil arte de escrever.
Esse paranaense de bigodão e cara de bravo, tinha em seu coração (parafraseando Drummond) “o sentimento do mundo”. Ousado, pichou poemas nos muros de Sampa.
Não foi morto “a pau, a pedra, a fogo e a pique”, mas até hoje o “filhodaputa ainda faz chover em nosso piquenique”. Deixou-nos em 89, mas sua poesia vive, porque os poetas são eternos. Como pode morrer alguém que diz:
“lembrem de mim
como de um
que ouvia a chuva
como quem assiste missa
como quem hesita, mestiça,
entre a pressa e a preguiça”
Vivo está entre nós, nos espreitando atrás da porta, com seus óculos redondos e sua curiosidade de criança.
“quando eu tiver
setenta anos
então vai acabar
esta minha adolescência”
Não. Ainda hoje, nessa leitura, o vi adolescente. Fez-me rir de seus versos tresloucados, como a dizer: “aprende menina, a fazer poesia. Vocè ainda é nova. Anda, cria!
“uma chuva de estrelas
deixa no papel
esta poça de letras”
Poça que nos inunda de encantamento, cada vez que nos aprofundamos na sua poesia.
“abrindo um antigo caderno
foi que eu descobri:
Antigamente eu era eterno”
Fecho um outro caderno e o sinto aqui perto, tão terno!