OME DO SERTÃO
E da roça nóis vai borá.
E chega na nossa paiosa.
Pra discansa pró otro dia começa.
A luta dinovo, e pelo os trios do gado vai,
Organizando a festança, à noite na paiosa do cumpade
Com todos os cumpanheiros, a moda de viola.
E quando escurece só vê gente chegano pra festança comesa.
E ai e pinga da boa, e moda de viola a noite toda,
O sanfoneiro dita o ritmo pra dança do caboclo, e acompanhando a boa viloa.
Uns discarso otros tamem, e a festança comesa com todos a dançar.
E no finar da noite estão a cantar, a moda que vem de otro luga, e canta e dança ate de madrugada, e no otro dia vão todos trabaia e com as inchada nas costa sai a falar que festa boa o cumpade féis; e que o arrois eze vai capina que a cumade esta a cuzinha a bóia pra eze armusa e que o cumpade e bao pra trata.
Esta era a luta do home do sertão, vivia sorrindo mesmo de pés no chão, porque na vida não tinha complicação.