NOS CAMINHOS DO DELEY

Em meio ao caminho da poesia,
Eu encontrei Deley – meu camarada,
E convidou-me a ver o que ele via,


E avante fomos – nós – nessa jornada;
Ele falou-me assim: “Vou te mostrar
O que eu vejo à face camuflada...”


– Ah quanta descoberta de amargar...
Pois ver o peso e a lama junto d’alma,
Aos olhos deleyanos falta o ar...


Após a tempestade tem-se a calma,
E a cada texto lido um renascer,
Um bálsamo – em canto – que ensalma,


Que ao peito – e ao coração – é um prazer...
E há também elufabulação,
Aromas agradáveis de reter...


Guardados na memória desde então,
Nesses caminhos há flores incríveis,
No jogo da palavra em criação...


Os sentimentos ficam mais sensíveis,
– Na maluquice sã que se inventa... –,
Jocosas brincadeiras re-vivíveis...


Meu camarada disse ainda aguenta,
Trilhar esse caminho camarada?!
Eu respondi-lhe claro, a luta e lenta,


E após nós terminarmos a jornada,
À semelhança, vi por um instante,
Na estrela a despedir-se na alvorada:

– Trilhamos o caminho igual Dante...

 
12- 26/01/10 – (1:47)
 
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Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 26/01/2010
Código do texto: T2052389
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