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Pai 

Tu sabes e sabes bem
Que sou cabeça de vento
Não faço o que tu me mandas
Só faço aquilo em que penso.
Não te dou nenhum sossego
Pois pensar não é meu forte
Vivo a vida dia a dia
E perco depressa o Norte.
Por isso estás vigilante
Pois sem maldade acrescento
Aos teus dias de existência
Boa dose de tormento.
Mas, pai....
Neste mundo agridoce
Não tenhas dúvida alguma
Que se às vezes sou o fel da tua vida
Tu és sempre o mel que adoça a minha!



Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”




 
Lucibei
Enviado por Lucibei em 29/07/2006
Reeditado em 29/11/2017
Código do texto: T204832
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