Mario Prata
Em boa hora estive prestando serviços contratados em uma multinacional na cidade de Pederneiras, interior de São Paulo, que pela Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros situa-se entre as também progressivas cidades de Bauru e Jaú.
Nesta minha curta passagem por esta cidade, que passei a tratar por PederVana, haja vista ser muito bem administrada por uma jovem e competente prefeita chamada Ivana. Cidade que ainda guarda em muitos aspectos o tradicional modo de viver dos interioranos natos, como por exemplo, a maioria dos habitantes ainda se dar ao luxo de trocar cumprimentos ao se cruzarem nas ruas ...
Foi “neste clima” que tomei conhecimento de que, em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura, a Secretaria Municipal de Cultura da cidade resolveu participar de um circuito de encontros com alguns renomados escritores.
Fiquei bastante entusiasmado e contei os dias, as horas e os minutos para chegada da primeira data designada para a visita de um escritor na cidade.
Foi com muito entusiasmo que os adeptos de uma boa literatura existentes na cidade receberam a notícia de que o ciclo se iniciaria com a presença, nada mais nada menos, do que do renomadíssimo escritor de teatro, cinema, literatura e televisão, o Uberabense Mario Prata!
O encontro se deu nas “instalações” da reformulada Estação Ferroviária, que na gestão da jovem e competente Prefeita Ivana Maria Bertolini Camarinha transformou-se em atração da cidade, transformada que foi no Centro Cultural do município e batizado como “Izavan Ribeiro Macário”.
Um local aprazível e muito aconchegante que recebeu o escritor em um clima ameno e de muita cordialidade.
Sem qualquer pompa em sua chegada, de forma completamente despojada de qualquer resquício de sofisticação, apesar de figura notória nos meios literários nacional, Mario Prata acercou-se do local reservado para sua “palestra” e comandou um bate-papo descontraído e bastante amigável com o ávido e atento razoável público que o prestigiou.
Fez uma passagem por algumas crônicas constantes de sua publicação Cem melhores crônicas – que, na verdade, são 129, solicitando ao público que escolhesse algumas para que ele mesmo lesse e tecesse alguns comentários. Contou alguns aspectos pitorescos sobre sua juventude vivida em Lins, assim como Pederneiras, cidade do interior de São Paulo e depois de seu sucesso como escritor.
Indagado por uma das expectadoras sobre uma fórmula para desenvolver crônicas, esclareceu que não existe. O “candidato” a escrever tem de colocar a seu serviço toda a sensibilidade que possui e procurar manter uma linha de raciocínio coerente, sem grandes arroubos vernaculares e mantendo a maior simplicidade possível.
Aconselhou o uso de toda a forma “avançada” de escrita, incentivando o uso do computador, da Internet, dos sites de relacionamento e que aqueles que objetivassem expor seus trabalhos, publicando seus textos em portais existentes que os exibem, permitindo o acesso aos mesmos pelos adeptos de literaturas.
De maneira bastante simples, interagiu com todos os presentes e na despedida ainda “teve fôlego” para dialogar com a prefeita, exaltando toda a satisfação em haver estado em cidade tão hospitaleira e principalmente por haver tido oportunidade de “bater um papo” em local tão aprazível que o fizera voltar aos tempos de adolescente, quando realizava viagens de trem com o avô, freqüentando por várias vezes a Estação Ferroviária de Lins. Fez questão de saber qual a origem do nome da cidade e qual o seu significado. Obteve esclarecimento de que a cidade obteve este nome pela grande quantidade de pedras conhecidas por “pedra de fogo” existentes na região. Daí também o significado de Pederneiras = Pedra de fogo.
Tive oportunidade de trocar breves palavras com o escritor enquanto o mesmo ainda se encontrava ao lado da prefeita. Informei ao mesmo que a cidade agora tinha um nome obtido da fusão do antigo nome (PEDERNEIRAS) com o nome da atual e atuante mandatária (IVANA), resultando PederVana! Em sendo assim, sugeriria que ele pensasse em “compor” uma obra em homenagem à cidade mulher que tinha visitado naquela ocasião ...
Com esta minha “intromissão” consegui um “envergonhado” sorriso da prefeita e um “escancarado” sorriso do escritor que disse que “iria pensar no assunto”.
Voltei ao meu “habitat” caminhando vagarosamente e muito satisfeito com o evento literário que participei e na esperança de participar muito em breve de novos eventos do gênero!