Ao meu pai

Cruzo o portão,

limite dos teus passos

e olho teus pés cansados

que repousam sob a calçada.

Pés que se arrastam.

Pés estes que já percorreram estradas,

Buscando sustento pra filharada!

Suas mãos marcadas pelo tempo

estende-se em minha direção

e recebo uma benção.

Olho seus cabelos grisalhos

em total desalinho,

a voz cansada,

olhos que vêem “nada”.

E eu ali – parada –

Lapsos do meu futuro!

Geneticamente

Trilhamos os mesmos caminhos!

khayssa
Enviado por khayssa em 16/01/2010
Código do texto: T2033061
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