DOCE PAQUERA
Completamos hoje exatos 49 (quarenta e nove) anos de eterno namoro, eu e minha mulher, Maria Mari, desde que iniciamos um relacionamento aos 29/03/1959, durante um baile nos salões do Esporte Clube Renascença.
Um ano antes, em 1958, pela primeira vez dançando com ela em outro baile nesse mesmo clube, levei um fora daquela lourinha de olhos cor de esmeralda. Propus acompanhá-la até a sua casa, após a dança, mas ela alegou já ter um namorado. Aceitei, cavalheirescamente, a recusa, mas jamais deixei de apreciá-la, mesmo a distancia.
Pois nesse dia, 29/03/1959, convidei-a para dançar. Conversamos longamente e, no final do baile, obtive o seu consentimento para levá-la em casa, acompanhado de uma sua tia, Dona Djanira, e de uma amiga, a Olga. E, pela primeira vez, cheguei ao portão daquela simpática vivenda da Rua São Luiz Gonzaga no. 10, na Renascença, onde fui recebido com grande curiosidade por toda a sua família, mormente pelas suas irmãs e seus irmãos menores.
Nessa noite, ao me despedir daquela princesa, no portão da sua casa, disse-lhe que ela era para mim como se um belo diamante, uma jóia rara encontrada no meu caminho, e que eu a guardaria no meu coração eternamente! ...
Os anos se passaram, nos casamos, viajamos bastante por este Brasil, tivemos três filhos adorados, Cássio, Ana Claudia e Daniel, que hoje já nos deram cinco maravilhosos netos, como o Igor, Isabela, Victor, Guilherme e Tomás, passamos por muitos momentos de intensa alegria e felicidade, por instantes também de amargura e dificuldades, aparando arestas, mas o fato é que estivemos sempre juntos, unidos, a despeito de todas as armadilhas que a vida às vezes nos prepara.
Agora, com os cabelos encanecidos pela neve dos anos, envelhecendo sim, mas com dignidade, nutrimos um pelo outro, além do amor, um sentimento de enorme cumplicidade, de amizade, de companheirismo, de compreensão e de tolerância, assimilando perfeitamente as palavras daquele padre jesuíta (cujo nome infelizmente não recordo) que escreveu:- “O amor não é o fogo efêmero de dois desejos, mas a chama eterna de dois destinos, fundidos num só!”...
Maria Mari, mãe dos meus filhos e mulher da minha vida, eu a amo hoje e a amarei por outros quarenta e nove anos que vierem pela frente, com a benção de Deus, a graça dos Anjos e toda a força do meu velho coração! ...
Seu, sempre,
ROBERTO
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B.Hte., 29/03/2008