Waldete ; minha esposa . . .
Quatro décadas já se foram, cinco ou seis irão passar,
Com ela aprendi, vive, estive a caminhar.
Os tempos se passaram e nada tenho a reclamar,
Começaria tudo de novo, o mesmo passo iria dar.
Seu rosto lindo ainda é o mesmo, seu olhar vive a brilhar,
Suas mãos já calejadas, ainda afagam, ajudam a quem precisar.
Suas falas ditam amor, incentivam o amar,
Em silêncio reprime a dor,
Contempla a flor, vive a doutrinar.
Seu andar perene e firme sabe bem onde chegar,
Seus cabelos ainda soltos, nem o tempo ousou tirar,
O mesmo tempo tão bondoso que muito teve a ensinar,
Ensinar que tudo passa só o amor é sem findar.
Mãe autêntica, irmã melhor não há,
Filha meiga e atenciosa, sempre presente está,
Companheira inseparável como esta poucas há,
Mas de todas as qualidades a melhor é que vive a me amar.
Esposa, amiga, sempre pronta a ajudar,
Participa e até briga se algo lhe importunar,
E com jeito e alegria sempre busca solucionar,
Os momentos que lhe inspira para a vida transformar.