Saber para viver
Saber a vida
De repente te vejo presente num tempo em que quase não se crer existir.
Cada cheiro sentido se me apresenta apenas como uma vaga saudade de outrora, quando o tocar era a grande, talvez única manifestação de se declarar o sentimento.
Saber fazer isto quando se pode é poder estabelecer elos entre os desejos e as realizações. Conquanto o querer não basta se da presença/existência, não mais se desfruta. É pois, neste caso, necessário um transpor de sentidos. Buscar galgar instâncias nunca dantes apercebida ou, quando muito, anuviada pelos atropelos da vida e falta de percepção daquilo que sempre nos parece ser natural.
De repente te vejo “passado” e projeto o futuro para além do habitual apelo ao físico, à matéria. É louca a busca para se preencher as lacunas de uma história que se obriga à reconstrução, sem ensaios ou avisos prévios.
De repente se faz vã tal luta, já que a vida se encarrega desta feita e lutar já não mais parece solução inteligente. Então, faz-se o sonhar a saída emergencial. Buscar nas lembranças a saciação para o vazio e a saudade.
De repente outra vez é preciso se aprender com a VIDA. Vida mãe, às vezes madrasta, mas sempre, sempre, Mestra vida! A que nunca julga, mas a que sempre cobra e a que tudo ensina!
VIDA!!!! VIDA, roda vida, viva!