AS FESTIVIDADES NATALINAS
AS FESTIVIDADES NATALINAS
Que o Natal traga mensagens perenes de sabedoria, amor, paz, prosperidade, esperança, ânimo, força interior e otimismo para todos os cristãos. Alvitras melhores dias, então asseveras a fé hercúlea que tens em Deus. O natal pode ser simbolicamente abnegação e sacrifício. Já que o Natal de Jesus te emociona elevando-te o psiquismo aos ideais reformistas de ti mesmo no transpores, com o coração cheio de renovadas esperanças, o pórtico feérico do Ano que se aproxima. O Natal será a mensagem altiva que desceu do Céu para a terra e que agora, em ti, se levanta da Terra na direção do Céu. O Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz que se renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a reiterada mensagem do Cristo que nos induz a servir sempre, compreendendo que o mundo pode mostrar deficiências e imperfeições, trevas e chagas, mas que é nosso dever amá-lo e ajudá-lo mesmo assim.
Natal é o maior dos dons. Seria uma data de reflexão, de estudo, de aprendizagem, e que nossos corações se voltassem para o bem em detrimento do mal. Nas celestes alegrias, que nos ensina a ser bom com Jesus todos os dias, o Natal não é apenas uma festa no coração e no lar. É a reafirmação da nossa atitude cristã perante a vida. Ah! Se todos pensassem assim, seria dinamismo fraternal e incondicional, o pórtico para uma vida redentora sem violência, inveja, egoísmo e ambição. Devemos nos conscientizar de que servir a Deus é um bem, a quantos contigo ajustaram o serviço e se compreendeste bem as lições celestiais, o amor ao próximo, o amparo às crianças abandonadas, aos idosos carentes de afago esses atos de amor se aproximarão tanto quanto o que foste compreendido por Jesus Cristo.
Natal é a glória de Deus que desce envolvente bela e pura. E a terra põe-se à procura do Reino de Luz e Amor. Será que as festas natalinas imantam pelo menos uma pequena parcela do que foi citado nas entrelinhas? Seria o Natal uma festa meramente comercial? Será que o ato de comprar e presentear amigos e parentes são diretrizes natalinas? Uma série de indagações que nos parece ofuscar o brilho das festividades em comemoração ao menino Jesus numa manjedoura. O nascimento do Mestre foi simples, num local onde não havia conforto e nem espaço suficiente para abrigar a todos. Se Jesus pregou a simplicidade porque vemos tantas riquezas materiais sendo gastas, quantas festas ilusórias acontecerão, pois a maioria na ceia de Natal vai se empanturrar de comida e bebidas e no final das contas a estatística de uma festa tão significativa irá se tornar em sofrimento, tristezas para muitos. A festa do Natal deveria ser revestida de orações, preces e pedidos de um mundo melhor para toda a humanidade, pois o amor tão bem pregado por Jesus está ausente do coração humano.
Por isso, Natal se festeja esquecendo quaisquer preconceitos vãos. Natal é Jesus dizendo que todos somos irmãos. Será que realmente assimilamos as palavras benditas de Jesus, será que realmente somos irmãos? O homem como ser imperfeito, mas dotado de dons dados por Deus fere as prerrogativas de Jesus e transforma o que seria seu irmão em inimigo. O prazer material fala mais alto sobrepondo-se ao amor espiritual. Natal no mundo é a epopeia do reconhecimento do Senhor, Natal no espírito é a comunhão com Ele próprio. Ficamos a imaginar as ruas e avenidas das grandes cidades plenamente iluminadas parecendo que a Terra transformou num Céu de colorido especial, onde a beleza é o ponto alto, mas não sai de nosso coração a psicosfera das favelas, dos guetos, dos cortiços onde a escuridão predomina e as ceias glamorosas não existem e nem o tão cansado papai Noel não visitará essas pobres criaturas. É a disparidade que existe entre as classes sociais que nos faz lembrar a figura celestial de Francisco de Assis que abandonou toda a sua riqueza e foi trabalhar em prol dos mais carentes, dos menos aquinhoados e dos estropiados.
O que leva o homem são suas ações voltadas para o bem, se, metendo a mão no arado do bem, operaste sempre sem olhar para trás. Nosso irmão Reynaldo leite em seu livro Luzeiro nos repassa que se comparemos ao Templo de Amor em Jesus no firme propósito de pedir menos e dar mais, sempre mais; Se, aonde e por onde passaste todos, sem exceção, te bendizeram, e ainda bendizem o nome, ou retratam com amor fraternal a tua figura; se, todas as vezes que a caridade te bateu a porta do coração, atendentes sem rebuços serás abençoado por Jesus. Nos grandes jantares não joguem comida fora, pois existem milhões de crianças, adultos e idosos passando fome. Ao comprares um brinquedo para seu filho colocas a sua frente à figura de um menino de rua de mão estendida te pedindo um presente. E se deres receberás a graça de um belo sorriso e de uma alegria sem par. “Jesus sempre afirmava: deixai vir a mim as criancinhas, pois elas herdarão o Reino dos Céus”. Para que tanta festa, tanto luxo, tanta alegria se não conseguimos fazer um irmão mais pobre feliz?
Se isto realmente acontecer à festa de Natal não agradará o Mestre e somente os participantes materialistas pintarão e bordarão em suas luxuosas casas, nos seus incomparáveis banquetes, nas festas de amigos secretos onde os presentes rolam fáceis e a bebida é à tona da festa. Lembre-se que aos seus pés uma criança lhe estende a mão num pedido gracioso e inocente e se negares o pedido dela com certeza Jesus sentirá mágoa em seu Bondoso coração. Os pedidos especiais para esta festa natalina: “Que a corrupção Política morra em seu nascedouro, que irmão ame irmão, que os mais aquinhoados ajudam aos mais pobres, que a inveja, o egoísmo e a ambição não faça parte do dicionário humano”. Que os homens se entendam e acabem com a guerra, a violência e a paz volte a reinar no mundo. Tanto brilho, tanta luz, tanta beleza material não poderá jamais suplantar o amor espiritual. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE