SÉRIE: MUSAS DE MEUS VERSOS - 18 - Stéphane Figueiredo

Stéphane enquanto encanto...

É o desencanto expatriado para ceder aos alagados que me afluem;

Acerca dela sinto que me intuem razões e sensações de matizes desinibidas;

Anunciando às cores esquecidas que outras novas lhe influem;

Até que enfim os meus exílios concluem querer morar no sol de suas liras!

Sol que brilha em claustros efusivos como astro e como nota musical;

Que a sua pele em flor faz-me amoral, que torna o meu querer seu instrumento;

Stéphane é o indumento mais perfeito à nudez de um alto astral;

Encanta-me com intensidade tal que não me domo ao que vier por seu fomento!

Stéphane enquanto inspiração...

Diz de mim tudo que por mim escorre entrelinhado;

Está no céu sublime e estrelado do amor sonhado que me visita;

Chama-me sob o calor de sua lavra aflita e no seu desacerto reclamado;

Está no incêndio que eu queria ser queimado, está no afã que me ilimita!

Canta e é cantada na alta temperatura de todas as odes sôfregas de anelos;

É a imperatriz dos elos que estabeleço em nosso leito surreal;

Dona de um apelo excomunal, morro por seus olhos belos;

E renasço a refazer castelos que libram-me em meio ao despencar fatal!

Stéphane enquanto anseio...

Eu asseguro ser porção medida da mais exata precisão imensurável;

Tal como é sensual me é inevitável, tal como é linda é-me também vital;

Um vulto só do seu sinal e já me encontro sob o surto mais insaciável;

Tornando-me poeta inflamável, achando-se aos olhos meus feito sarau!

Stéphane é tudo isso, porém resolve vez por outra ser bem mais;

Quisera um dia eu possa ser capaz de demonstrar-lhe o seu poder;

Fazê-la compreender o que a razão já evadida deixou pra trás;

Posto que sua lembrança me faz o que futuro algum jamais irá vencer!

“Há mulheres travestidas de deusas, há divindades brincando de ser mulher e há delírios femininos que a ambas suplanta, dentre os quais achei Stéphane. Beijos!”

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