AO RATO

Reconhecemos um rato pelo seu comportamento

Não há nenhuma grandeza naquilo que ele faz

Mas somente traição e mesquinharia

A mentira é sua arma mais utilizada

Dissimulado, o rato sempre engana a todos que puder enganar

Ele espreita o seu inimigo para encontrar uma fraqueza

Fraqueza que o rato utilizará em benefício próprio

Infelizes são aqueles que cruzaram seu caminho

Mais infelizes são aqueles que nele confiaram

Mas estes estão melhores por terem se livrado de algo que realmente não valia nada

O rato é aquele que se comporta sorrateiramente

E nem mesmo para com sua prole age com dignidade

Sempre inventa os subterfúgios mais torpes para levar mínimas vantagens

Não é à toa que o rato se identifica com tudo que é sujo e nojento

Dignidade é uma palavra que não está no vocabulário do rato

Mas a palavra covardia sim, em todos os seus movimentos

O que esperar de um homem que prejudica os seus próprios filhos?

O que esperar de alguém que precisa invadir a privacidade alheia?

Seria ele um rato?

Esquece-se, o rato, que a velhice um dia chegará.

Com ela a doença e a morte

E seus últimos dias serão solitários e cheios de remorso

Sem os cuidados de quem um dia o amou

Numa fria cama de hospital público

Frederico Guilherme
Enviado por Frederico Guilherme em 19/12/2009
Reeditado em 21/12/2009
Código do texto: T1985251
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