DESPEDIDA EM BARBACENA

Foi no dia 30/05/2008, numa sexta-feira, que meu mano Rubinho partiu, deixando viúva, quatro filhos e seis netos, oito irmãos e muita saudade entre todos da família, seus muitos amigos e conhecidos, mormente o pessoal de Barbacena, de Conselheiro Lafaiete, Nepomuceno e comunidades vizinhas, como Ibertioga, por exemplo.

O Dr. Rubens Martins do Rêgo, veterinário da EMATER, entidade para a qual trabalhou por quase trinta anos, aposentado, doente e cansado, finalmente repousou com as graças de Deus, nosso Pai Eterno, da Mãe Santíssima e do Mestre Jesus, deixando-nos como legado um belo exemplo de vida simples, honesta e feliz, dedicada ao seu trabalho e à sua família.

Não reclamou de nada e nem de ninguém, simplesmente adormeceu no leito da UTI do Hospital Ibiapaba em Barbacena, onde estava internado a alguns dias, tendo ao lado um dos seus zelosos filhos, o André, jovem médico, o qual acompanhava seu sofrimento. Logo dormiu, deixou de respirar e o monitor instalado próximo sinalizou a parada dos seus batimentos cardíacos, indicando sua passagem aos planos superiores.

Maria, sua mulher e filhos avisaram-nos em Belo Horizonte e, a seguir nós, seus irmãos, cunhadas, cunhado e alguns primos, viajamos todos pra lá a fim de acompanhar o velório e o sepultamento, ocorrido no sábado às 10,30 horas no Cemitério do Parque.

Registramos a grande afluência de pessoas amigas e conhecidas à capela da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, bem como de ex-colegas da EMATER, de vizinhos dele, e notamos o grande respeito e o carinho que essas pessoas nutriam pelo nosso finado irmão. Nosso mano caçula, Constantino (Tininho), um religioso, e sua mulher Maria Lucia (ex-freira), rezaram algumas preces em favor de sua alma, encomendando o corpo do falecido a Deus, nosso Pai Eterno. Tininho falou bem e bonito, exaltando as qualidades do Rubinho como filho, irmão, marido, pai e avô, dizendo da sua honradez e simplicidade e rogando ao Mestre Jesus que o amparasse em sua nova morada.

Lembrei-me que exatamente há três anos atrás, conforme minha crônica “ENCONTRO EM BARBACENA”, datada de 29/05/2005, eu narrava os momentos felizes que vivemos com o mano Rubinho e sua grande família em Barbacena (eu, Maria Mari, o mano Zé Afonso e a Claudia), num final de semana recheado de música, boa comida e

muitos “causos”, ocasião em que ele renovou seu convite a todos os seus irmãos para que o visitassem, pois ele estava determinado a não mais viajar à capital mineira.

“ - Sistemático, preferia ficar quieto no seu canto, dedilhando as cordas do seu pinho, curtindo sua família e amigos”, eu escrevi na época.

Pois bem, três anos depois estamos aqui de novo, agora pra registrar as nossas despedidas ao Dr. Rubens, o Rubinho, ou Binho, nosso terceiro irmão, exímio violonista, veterinário competente (especialista em inseminação artificial), pai de família exemplar, amigo dos seus amigos, um homem de bem, o qual nos deixou alguns dias antes de completar 66 (sessenta e seis anos).

Como eu disse à beira do seu túmulo, pouco antes que a urna funerária descesse à sepultura:- “- Rubinho, mano velho, estamos todos aqui para prestar-lhe um preito de saudade e de gratidão, por ter sido você o homem que foi, irmão, pai, marido, avô, amigo, profissional e músico. Tenho a certeza de que nosso pai, Constantino Rêgo e Dona Flaviana, nossa mãe, estão lhe esperando lá em cima de braços abertos, onde um dia certamente nos encontraremos para fazer nossas antigas serenatas, acompanhados pelos anjos do Céu. Vá na paz do Senhor, meu irmão! ...”

B.Hte., 02/06/08 -o-o-o-o-o-

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 06/12/2009
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