Quando me ocorre Dedete...

Eu simplesmente inexplico as virtudes do aquém;
E nada absolutamente detém as impetuosas inundações;
Que são as pulsações de um coração que tanto lhe quer bem;
Que se acha livre sendo refém, que não se contém perante suas aparições!

Eu calo aos gritos e paraliso com transcursos frenéticos;
Iguais impulsos elétricos que mandam ordens de prazer ao corpo inteiro;
É um fascínio tão verdadeiro que não lhe curariam os médicos;
Como os mistérios védicos, porém com a nitidez dos verdes pantaneiros!

Verdes como são os olhos dela, sublimes como são os seus poemas;
É um mosaico de esquemas numa vitrine de atributos;
Ela é o mais encantador dos vultos, transforma rotina em dilema;
Que chega a ser um grave problema ter que administrar os meus impulsos!
 

Tudo que lhe decorre se vai bem mais além que lavras e oratórias;
É conhecer os recônditos das glórias em cada gota sedutora que lhe escorre;
É uma lembrança que não morre, é a mais valiosa de todas as jóias;
Precisaria de mil histórias para narrar um só encanto que nela me ocorre!
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“Falar de ti, deusa fascinante, é derramar tintas ao leu e ocupar as penas da poesia com mares de emoção, pois só assim há de ser possível a tradução de teus indescritíveis encantos."

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Obrigada, Reinaldo, por tão linda homenagem ...