O RIO ÁGUA PRETA

Rio de águas escuras,

De minérios e pedras,

Riquezas que enchem somente

O bolso dos exploradores.

Revirando assim pelo avesso,

O água preta é já

Um caudal enferrujado,

Águas vermelhas, barrentas,

Chumbando trairás,

E os poucos outros peixes

Que ainda teimam nadar

Contra correntezas estúpidas.

Que são águas

Estranhamente intocáveis,

O rio hoje passa escuro,

Muito longe daquele

Dos meus tempos de menino,

Quando o rio passava tão limpo

Que a gente podia usa-lo

Refletindo muita alegria,

As águas que nos esperava.

laviogoncales
Enviado por laviogoncales em 15/11/2009
Código do texto: T1925412
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