CLUBE DA LULUZINHA
Isto mesmo: numa declarada alusão ao Clube da Luluzinha – história em quadrinhos que acompanhou minha infância – e no qual “MENINO NÃO ENTRA”, decidi fazer uma homenagem ao Clubinho que eu, a Va e a Nina fundamos há cerca de 2 anos.
Nossos encontros, inicialmente, deveriam ocorrer religiosamente ao menos uma vez ao mês... Porém, como toda a história tem um “porém”, devido as nossas agendas tumultuadas, eles acabaram se restringindo a momentos raros e recheados de prazer (Êpa! Não é prazer carnal, tipo sexo, viu?!). Hoje foi Dia de Clubinho. Eles geralmente acontecem em minha casa, até porque todo mundo se sente mais livre por aqui. Foram momentos deliciosos – como todos sempre são – em que contamos novidades de nossas vidas, relembramos o passado e rimos à beça, comemos, bebemos e ouvimos música boa (embora minha paixão por MPB não seja assim tão compartilhada por minhas amigas, mas procuro ser eclética e alternar os gêneros musicais para contentar a todas).
Eu e as meninas somos amigas há 17 anos, então temos muito o que rememorar. E é sempre uma satisfação a cada encontro. Às vezes choramos juntas e, em outras, gargalhamos até não agüentar mais. São coisas tão comuns a verdadeiras amizades, inclusive porque quando somos amigos de verdade, permitimos que nossos amigos abram a geladeira sem cerimônia, vasculhem nossos mais íntimos segredos e, como diria o Rei Roberto Carlos, aceitamos “verdades em frases abertas”. São raras as vezes em que permitimos que alguém nos diga coisas sem parecer uma ofensa ou ataque direto e, confesso que diante de minhas amigas, não me armo com defesas. Elas são inúteis diante da veracidade dos fatos e da certeza de que o que me dizem – e o que digo – não são criticas com o intuito de me derrubar, mas sim com o legítimo propósito de abrir os olhos
Também tenho amigos homens e eles são peças fundamentais no grande quebra-cabeças que é minha vida. Junto a eles, formamos uma espécie de mosaico, cujo efeito produz uma profusão de cores e diversos significados. E isso me faz bem. Mas hoje, sinto muito e peço licença a todos os meus amigos para erguer um brinde especial ao “Clubinho”, pois graças a esses encontros é que fui capaz de me levantar em várias vezes em que cai... Sempre sobre meus próprios pés!