Dois Grandes Homens, uma grande semelhança... (ao meu grande amigo Aristeu Serinoli)

Dois grandes homens... Uma grande semelhança

No ano de 1.181 dava-se então o nascimento de São Francisco de Assis na Itália, seu primeiro nome foste Giovanni (João) Bernadone, dado pela sua mãe Pica, em homenagem a João Batista precursor de Jesus, mas logo após seu pai Pedro Bernadone mudou seu nome para Francisco em homenagem a França. Mesmo com suas ambições Francisco tinha seu coração bom e tinha certo respeito a Nossa Senhora Aparecida e tinha herdado isso de sua mãe que tinha devoção a Nossa Senhora Aparecida. Enfrentou Guerra em sua juventude e fora preso junto com seus companheiros, mas em cela vivia sempre a cantar sorria parecia que nada acontecia, mas tremia de febre, porque voltou muito doente. Logo após ser libertado em Assis, teve um sonho, e em um dia de outono de 1.205 foi dialogar com Deus, onde ali ouviu a imagem de Cristo lhe dizer “Francisco, restaure minha casa decadente” a igreja de São Damião.

Sentindo esse chamado, ainda pouco para São Francisco, vendeu então as mercadorias da loja do seu pai e então restaurou a igreja. Seu Pai vendo o gasto que São Francisco tinha feito, deserdou-o, e assim dando renuncia aos bens paternos, deu-se então o inicio à sua vida religiosa unindo-se “a irmã pobreza”.

Tanta fora suas ações para assim ser levada a Palavra de Deus, com ajuda da Ordem dos frades menores e seus onze companheiros onde levavam Deus e sua Palavra a todos os pobres e humildes. Sua vida em Deus não se resumiria somente nisso e em certos sacrifícios, mas também chegou a sentir as dores e as cinco chagas de Cristo, fenômeno esse chamado de “estigmatização”, isso se passou em 14 de setembro de 1.224 os estigmas não só lhe apareceram no corpo, transpassando-lhe os pés e as mãos, mas também o levou para glória do Senhor junto a Ele nos Céus, Morrendo cego em 03 de Outubro e enterrado no dia 04 de outubro de 1.226, mas antes mesmo de sua morte juntou todos na ceia e mandou ser lido o Evangelho.

Um trecho breve da vida de um grande santo que passaste pela terra e deixaste sua marca, sua fé, amor e vida voltada totalmente em Deus. Mas agora quero contar sobre alguém que conheci e virou razão de inspiração para essas humildes palavras.

No ano de 1.961.... Nascia Aristeu Osmar Serinoli, um homem muito humilde, mas não um homem qualquer... Assim como São Francisco sempre ouviu o chamado de Deus e sempre disse sim em qualquer que fosse o momento, Muito devoto também de Nossa Senhora Aparecida assim como sua grande e linda família. Como Francisco de Assis fora preso e cantava em sua cela, Aristeu gostava de cantar belas canções, o que fazia muito bem ao lado de seu irmão, e mais lindo era então quando junto estava em sua equipe de canto na igreja, sempre animando a comunidade. Assim como todos temos nossas provações, e assim como São Francisco teve as suas provações seus estigmas e assim sempre lutou mostrando a verdade de Deus... Aristeu também lutou e por maior que seria sua dor não se abatia sempre mantendo a esperança e transmitindo a alegria, nessa ação comparativa que me atrevo a fazer, citei acima que antes de falecer São Francisco ficou cego... Aristeu, porém desde quando me conheço por gente já era cego, mas cego por não ver ódio, descrença, inveja e tudo que podia tornar um coração puro que era o seu a vim se tornar impuro, e como já diz uma velha frase “o que os olhos não vêm o coração não sente” levando essa frase em consideração nesse texto, sei que seu coração nada via mesmo, a não ser o amor, a harmonia, a solidariedade, a verdade e Palavra de Deus, e por cima de tudo sua imensa fé.

Quero ir mais além, pois como São Francisco onde houve ódio, Aristeu fez de tudo para que se fosse enxergado o amor, onde houvesse a ofensa sabia mostrar e levar o perdão, onde haveria discórdia lutou para levar a união, e com seus cantos onde haveria duvida levava a fé, onde se encontrava o erro mostrou a verdade, e como se não bastasse onde haveria o desespero fez nascer à esperança, onde estava à tristeza levou a alegria e onde estava às trevas levou a luz.

Esse era nosso cantor, proclamador e salmista e mais ainda um lutador, vencedor... E agora particularmente falando enquanto eu estive doente e adoeci muito, ele, porém como muitos aqui em nossa cidade oravam por mim, consolava-me com as orações compreendia minha dor, me amava como foi dito a mim, sendo assim a comparativa a São Francisco continua, pois só agora percebi que nosso grande amigo Aristeu Procurava mais consolar do que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, mostrou a todos nós que é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado, e por mais que podemos não entender ou compreender mostrou que assim como São Francisco de Assis que é morrendo que se vive para a vida eterna.

Aristeu Osmar Serinoli, por mais que a dor de sua ausência esteja com nós, sabemos que está com Deus e com certeza Deus te chamou, pois precisa de homens como você no céu. Tanto é que partiste daqui no dia 4 de outubro dia em que se comemora a festa de São Francisco de Assis

Direitos Reservados pelo autor – LEI 9.610, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998

Xande de Matos
Enviado por Xande de Matos em 07/11/2009
Reeditado em 26/11/2009
Código do texto: T1909481
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