O VELHO SOLDADO DO FOGO
 
Sonhando em ser herói,
O meu primeiro brinquedo foi um caminhão!
Sua cor era da cor do líquido que bombeia o coração.
Coração que batia forte quando me deparava com a morte,
Cumprindo a minha missão.
 
Ao ouvir o brado-geral que determinava o dever,
Sentia que vidas precisavam de mim para sobreviver.
Cada segundo perdido na trajetória vital,
Era decisivo para alguém ficar vivo,
Ou mesmo ser removido para o primeiro hospital.
 
Por vezes, a vida me coube amparar nas mãos,
Fazendo-me feliz, esquecia as contradições.
Contradições que por vezes, faz este velho herói desabar
Ao ver que nos acidentes, matérias de vidas,
Em meio às ferragens torcidas, tive que resgatar.
 
O fogo que queimava e devorava não me permitia atrasar!
Era o sinistro dantesco que eu tinha que debelar...
Um animal indefeso que em perigo iminente,
Colimava-se às vidas humanas, fazendo-me dependente.
E, no final resgate, trazia alento aos parentes.
 
Se de herói, por vezes, eu era aclamado!
A impossibilidade do êxito me deixava desolado.
 
Eu queria estar presente antes do acontecer.
Os infortúnios desta vida,
Que me fazia e me fazem também sofrer.
Sou um ser humano e também sinto
Presenciando o padecer.
 
Se ser Bombeiro é ser paladino da vida,
Ser Bombeiro é uma missão divinal.
Se ser Bombeiros é vidas por vidas,
Ser Bombeiro é ser um ser especial.
 
Se a chegada do Bombeiro é sinal de esperança,
Em ser Soldado do Fogo,
Eu realizei o meu sonho de criança!
 
Aos inesquecíveis herois Bombeiros  Militar do DF, companheiros contemporâneos dos áureos e bons tempos da nobre atividade humana, Salvar Vidas alheias e preservar bens!