CASA DA FAZENDA

Dedicado ao companheiro

Ciro José, homem simples

da Marcelânia.

Autor José Mauro Cândido Mendes

Tenho uma casa bem pequena

Cravada no pé da Serra

Sombreada por um Jatobá,

De um lado um Cajueiro

Na frente uma Goiabeira

De onde se avista toda a invernada.

Rumina gado no pasto

Relincha cavalo na baia

e o vento assovia

a fazer capim balançar

Bezerro chora no pasto

A procura do leite amamentar

No inverno neblina na Serra

No verão sinto o sol na Terra

Os dias por aqui são grandes

Não tendo pressa pra acabar

As noites chegam mansinhas

E escurecem num piscar

Tomo um gole com os amigos

Ouvindo o Ciro a cantar

Relembrando saudosamente sua Marcelânia

Que há tempos deixou lá

Na escuridão do céu

Pirilampos luzem a bailar

Então o sono de fininho

Vai nos embalar ...

Os pássaros anunciam

o raiar de um novo dia

A labuta recomeça

sem ter hora de findar...

jose mauro candido mendes
Enviado por jose mauro candido mendes em 23/10/2009
Código do texto: T1882502