UNO, O MEU CACHORRO

Lady Panther Borg, uma linda cadela, mix de dálmata, por parte de mãe, e Weimaraner, por parte de pai.

Rock, um rotveiller.

Um dia se conheceram.

E, aí começa a nossa história.

Mais exatamente, sessenta dias após o primeiro contato,

Lady Panther Borg teve uma ninhada de doze cachorrinhos.

Mas, infelizmente, onze não sobreviveram.

Porém, houve um que lutou desesperadamente para sobreviver, não se entregando em nenhum momento.

E a nossa luta para salvar a sua vida não foi em vão.

Por isso, nós o chamamos de “Uno Borg”.

Uno por ter sido o único, entre os doze, que sobreviveu,

E, Borg, em homenagem ao seu avô materno, Ralph Borg.

Mas, por ele ser tão meigo e fofo, também o chamamos de Neném.

Assim, o Uno ou Neném passou a ser o xodó da Família Madureira.

Quando o Uno completou dez dias de vida, o veterinário cortou o seu rabinho, para que pudesse ficar bem parecido com o seu papai.

Ele era uma graça de filhote!

Raramente colocamos coleira no Uno.

Ele sempre se comportou muito bem.

Adora crianças, especialmente.

Apesar do tamanho avantajado, nunca assustou ninguém.

Mas, o Uno está com quatorze anos.

Infelizmente, o nosso xodó está se despedindo de nós.

Com a idade avançada, ele já não tem mais forças para caminhar, já não enxerga devido a uma catarata, e quase não escuta.

Há dois dias ele não consegue se alimentar e está muito fraco.

Segundo o veterinário, a hora dele está chegando.

Mas, sei que durante a sua vida ele se sentiu protegido e amado.

Sempre demonstrou total confiança e lealdade à família.

E também foi um verdadeiro guardião do lar.

Com muita emoção, não só minha, mas também de toda a família, peço ao Papai do Céu que o receba em sua morada.

Jeronimo Madureira

16/10/2009.