O ATO DE EDUCAR

O ATO DE EDUCAR

A escola é a continuação do lar. Neste, os pais nos guiam para o amor e para o respeito mútuo; naquela, os professores nos orientam para superarmos as adversidades do dia-a-dia.

Na caminhada da vida, encontramos muitas pedras a serem movidas. Muitos nós a serem desatados. Para esse fim, precisa-se de além do amor, de conhecimentos específicos. Nem sempre tendo nossos pais esses conhecimentos, surge como lume a figura do educador que, magistralmente, mostra-nos os métodos certeiros e fáceis de dominarmos os desejos malévolos, desatarmos os nós e jogarmos por terra as adversidades.

A educação não é algo que se possa dizer ser tão simples. Requer habilidade, boa-vontade, conhecimentos e doação constante. Lapida o ser humano físico e mentalmente. Labuta com pessoas de destrezas e personalidades variadas. Além disso, as escolas nem sempre oferecem material didático suficiente para uma pedagogia relevante com as necessidades dos educandos. Então, o educador se estrebucha como pode, a fim de que aqueles sob a orientação dele possam receber a instrução e a forma adequada de como seguir a viagem sem tropeços e sem desânimos.

Mas do que mostrar retos caminhos, o professor ensina a erguer a cabeça e viver a cidadania que nos é necessária. Com o exemplo, humildemente faz da sala de aula o púlpito de onde levanta a voz para demonstrar que não nos devemos calar diante das injustiças. Mesmo decepcionado com o mísero salário, não se deixa esmorecer, como se a nos dizer com uma voz firme: “Filhos do meu coração e da minha missão maior. A riqueza do homem não está no acúmulo de bens materiais, porém na prática constante do amor que no enleva e nos eleva diante de Deus e dos homens. Pratiquem-no aonde quer que vocês possam ir. Nenhum homem atinge a iluminação que busca senão praticando atos de bondade a cada segundo de suas vidas”.

Ah, Professores! Como lhe somos gratos pelo sacrifício. Sacrifício - é lógico - no sentido real da palavra – puro amor. E Amor é desposajamento, é entrega total com o intuito de se beneficiar alguém sem esperar nada em troca.

Além do batente dos nossos lares estão vocês: braços abertos para nos receber e guiar. Muitas vezes nem somos gratos, contudo, todos os dias vocês ali estão – aula preparada, voz consciente de que tem mais um dia a levar luz, amor, esperança, vida... Mas no fundo... no fundo... Professores, nós reconhecemos os valores e a energia que emanam de vocês. E é por isso, que não importa quantos anos passem, onde quer que os encontremos nós gritamos: “Professorrrrrrrrrrrrrrrrrrr!... Vocês sabem que isso é verdade. E acreditamos que esse amor que lhes dedicamos supera todos os dissabores que sabemos vocês toparem no dia-a-dia.

Obrigado! Obrigado! Obrigado!...

Parnaíba, 18 de outubro de 2006.

Wilton Porto