Falando sobre: Igrejas e Jardins.

Falando sobre: Igrejas e Jardins...

Meu avô materno era um homem genial, sabia muito bem a arte da comunicação, meu avô não somente falava ele se comunicava, existe uma grande diferença, entre comunicar e falar, muitas pessoas falam e não se comunicam. Dizem que recordar é uma maneira de viver o que se viveu, é viver novamente, às vezes faço isso. Vasculho nos arquivos da memória aqueles fatos, saudosos memoráveis assim é para mim a lembrança de meu avô, tinha nome de Filósofo, e também era na sua sabedoria, seu nome Aristóteles, Mineiro de Montes Claros, Político sem igual, grande comerciante. Homem que apreciava o belo amava roupas de linho puro sua cor preferida era o branco, usava chapéu, andava sempre muito elegante, amava andar de taxi, era amigo de grandes políticos, homens influentes da sua época.

Lembrei da linda e grande casa de meu avô, Ele era apreciador do verde, amava flores, matas, o jardim de sua casa era um sonho, Duas pessoas foram escolhidos para tomar conta do seu jardim, Algo interessante sobre meu avô, ele não gostava de ir à igreja, e as pessoas religiosas temiam por sua alma e se perguntavam: “Ele não sabe que é preciso ir à igreja para estar bem com Deus? Quem não está bem com Deus corre perigo de ser castigado”.

Meu avô dava um largo sorriso e perguntava: ”Onde está escrito isso nas Sagradas Escrituras, que Deus fez uma igreja? Todo Poderoso se quisesse igreja teria feito igreja. Todo Poderoso, ele fez o que ele queria, E o que é que ele fez? Plantou um jardim, ele andava pelo jardim, passeava, amava as flores, os animaizinhos, as formiguinhas, e quando estou passeando no jardim sei que estou em um lugar que Deus ama estar. Deus ama a vida, a água, o vento uivante, o sol com seus raios. Mas igrejas são lugares fechados, abafados, plantas, bichos, aves, não se sentem felizes Lá dentro... Não freqüentava igreja, mas amava um santo: São Francisco, Porque sempre falava que São Francisco via Deus nas coisas simples, nos animais, amava tudo que vivia e diz à lenda que ele pregava sermões para os peixes, pássaros e animais, Às vezes os animais ouvem mais do que os humanos... O tempo passou aquela voz animada de meu avô, o tempo o senhor de tudo silenciou. Estão gravadas no arquivo de minha memória pela eternidade, a casa, o jardim, aquele rio que cortava a fazenda, que irrigava os jardins e seus vários pés de Flamboyant, de cor vermelha são lembranças passadas. A Nostalgia repentina das palavras de meu avô foi que: De tanto ouvi-las, de tanto presenciar o amor, e zelo que ele gostava, mais dos jardins do que ir na igreja, acabei sendo seduzido pelas palavras engravidantes, e hoje estou apaixonado e, estou com prazer de ver as flores abrindo e florindo, AH, você quer saber se vou a igreja? Posso continuar falando do que me da prazer...