"Três Marias"
A Porto Velho de hoje já está bem crescida;
Mas preserva, como marco histórico, as austeras Marias,
Testemunhas presenciais do seu nascimento, início de “vida”,
Na inauguração da “Madeira Mamoré”, a ferrovia.
As “três irmãs” observam a cidade, de ponto privilegiado;
“Vendo” as pessoas, através do tempo, correndo no começo do dia
E, voltando, no pôr-do-sol, com o semblante cansado,
Sonhando com o futuro, a independência econômica, a utopia.
A praça “Das Caixas D'água” é o pedestal merecido para as “Três Marias”;
Figuras “ilustres” de Rondônia, hegemônicas em seus postais;
Que com suas longas “canelas”, lado a lado, em simetria,
Benevolentes, “mataram” a sede de todos, confirmam os anais.
A cidade desenvolveu, à sombra dos “sombreiros”,
Das “negrinhas” queridas, que marcaram a história de tanta gente;
Que nasceram embaixo delas e percorreram o mundo inteiro;
Mas não esquecem as “meninas”, marcadas na lembrança como ferro quente.