Uma homenagem póstuma !
Homenageio-te
Por existires....e por tanto tempo ficares
A destruir dia à dia
O romantismo, a poesia,
O amor que em mim existia
Agradeço-te
Pelas ausências de corpo presente
Pela palavras nunca ditas
Pela violação do corpo,
Por me ensinar que é no desamor
Que podemos aplacar a dor
Por seres o vácuo
Quando era um abraço
Que acolheria minha alma
Por toda omissão, falta de solidariedade
Egoísmo, pessimismo
Pelos natais, aniversários
E todas as datas festivas
Destruíres os sonhos, a magia
E deixares no ar
A sensação triste de que
O amanhã para nós, não existiria.
Eu te agradeço
Por tua família, a ingratidão com formas de gentes
Teu olor eternamente etílico, tuas plalavras arrastadas
Pela solidão instalada,
Eu te agradeço
Pois foi através de ti
Que percebi que existe casos
Que estão fadados ao fim,
Que é através da dor
Que muitos aprendem a lição
Que não precisamos ficar onde não queremos
Que podemos ser felizes
Basta querermos
E que família de verdade
Se ama e se respeita, se ouve uns aos outros
E se ajudam
Na alegria e na trizteza
Que cama vazia, braços que não abraçam
Cheiro de alcool, palavras sem nexo
Solidão, falta de alegria de paixão pela vida
Não é o que quero
Para o final da minha vida.
Por me mostrares o feio, o triste
O inconcebível, o nauseante
A ingratidão da tua gente,
Egoísta, sem humildade
Sem amor , sem doação
A falta de incentivo, a fome, a vergonha
Eu te agradeço,
Pois agora liberta, das amarras funestas
Posso apreciar o belo, o alegre
O concebível, o sóbrio
As milhões de pessoas gratas, humildes
Repletas de amor, doação
Meus incentivadores, a saciedade, o orgulho
A admiração, principalmente,
Pois está é certamente
A mais bela forma do amor
Está é uma homenagem, acredites !
Póstuma é verdade
Pois de ti, restará tão somente
Uma brisa suave
Não cultuarei amarguras
Nem dor, nem nostalgia
Fostes com o vento
E como por milagre
O Universo conspirou
E minhas más lembranças levou
E como nada tinhas para dar..
Nada deixastes,
Nem doeu
Acabou!