Dante
Homenagem a meu bisavô Dante Peron, pioneiro em terras brasileiras, cujo sangue corre em minhas gratas veias.
Tu que não foste agraciado
Com a luz das letras, cultas.
Tu com tuas mãos calejadas,
Rachadas por anos de luta,
Me deste nesta noite fria
A maior das lições que podias.
Tu, ancestral de meu pai, inculto,
Décadas antes de meu tempo,
Em meio à lida incauta,
Sentado talvez ao relento,
Me fazes encher essas pautas
Com teu tão magnífico exemplo.
Dante, guerreiro desbravador,
Pedias, na varanda fria,
À luz de um lampião quase sem cor,
Que teu filho, aquele que lia,
Te lesse romances,
Pequenos romances de amor.
E hoje enfim eu sei
Que corre em minhas veias tão gratas
Sangue que aprecia romances e serestas,
Legado que de ti herdei,
O sangue de um poeta.
Homenagem a meu bisavô Dante Peron, pioneiro em terras brasileiras, cujo sangue corre em minhas gratas veias.
Tu que não foste agraciado
Com a luz das letras, cultas.
Tu com tuas mãos calejadas,
Rachadas por anos de luta,
Me deste nesta noite fria
A maior das lições que podias.
Tu, ancestral de meu pai, inculto,
Décadas antes de meu tempo,
Em meio à lida incauta,
Sentado talvez ao relento,
Me fazes encher essas pautas
Com teu tão magnífico exemplo.
Dante, guerreiro desbravador,
Pedias, na varanda fria,
À luz de um lampião quase sem cor,
Que teu filho, aquele que lia,
Te lesse romances,
Pequenos romances de amor.
E hoje enfim eu sei
Que corre em minhas veias tão gratas
Sangue que aprecia romances e serestas,
Legado que de ti herdei,
O sangue de um poeta.