O poeta
Inconfundível e sem meias palavras,
ele indaga tudo em volta,
não é capaz de aferir as suas convicções,
se entrega ao sentimento de pureza e desespero,
ri de tudo...
Ele é poético, nobre...
Senhor de suas razões,
um poema em corpo vivido
vaga por entre linhas da imaginação,
dos sentimentos que invadem o coração
Tem o lirismo na morte e na vida
é uma ponte e não o fim
um corpo de luz na escuridão
sensualidade que fascina enfim
Ele sabe como é a felicidade em esplendor
Viaja em dimensões
ao som de um tango
hibernando em sua dor,
Acalentando a brisa soprada pela dor.
Ele goza da sua liberdade,
vive com intensidade
sem meia-verdades
na surpresa de adormecer fazendo o bem
a quem lhe ama também.
Ele invade as almas
penetra-nos o olhar
embriaga a doce noite
de pele despida
escreve...
o que os olhos não conseguem enxergar...
Ele é o homem, o poeta
um anjo de asas cobertas
emanando amor na escrita,
construtor da própria vida,
ser de paz.
Arte em carne,
esperança, luz e dom.