UM AVÔ CHAMADO NAPOLEÃO PORTO

Todos nós sabemos do importante papel dos avôs em uma família!

Vai além, além dos mimos dados aos netos, eles representam muitas vezes, o suporte afetivo e financeiro de nossos pais e nós, os netos.

Pensando bem, fundamental aquele ditado que diz:

"Os avós são pais duas vezes."

O convívio com os nossos avôs nos ensina e ensinará além, dos inúmeros livros que leremos durante toda nossa vida...

Quero hoje homenagear essa eterna figura humana, este maravilhoso ser em nossas vidas e, destacar um em especial, na vida de uma "Família Porto", seu nome - Napoleão Barroso Porto ou Vovô Napoleão conhecido assim, pelos seus netos.

Hoje, ele está presente apenas em nossos pensamentos mais distantes...

Procurarei deixar registrado o quanto eu, meus irmãos e alguns primos tivemos o grande privilégio e prazer de conviver inesquecíveis momentos ao seu lado.

Quando somos crianças e queremos guardar coisas materiais importantes, escolhemos um baú ou um cofrezinho.

Pois bem, é em nossas mentes e corações que guardamos saudades e as lembranças de tempos felizes vividos. E quando queremos lembrar basta fecharmos os olhos e vem a tona todo um tempo que não podemos mais trazer de volta.

Não vou falar dos cabelos brancos e nem das rugas na face, do Vovô Napoleão. Falarei de um avô sorridente, brincalhão super-presente que adorava estar na companhia dos netos. Em minhas lembranças, sempre guardado seu calmo olhar, como era terno seu olhar, ele conseguia acertar os maiores desejos de uma criança e, principalmente de seus netos.

Importante salientar a experiência adquirida por todos nós, durante seus anos vividos em nossa família. Certamente, em nossas histórias ainda, veremos frutos de sua história de vida.

Visto por olhos poéticos, era um homem bom, justo, aconselhador, um mediador e no trabalho, sempre ouvir falar...um funcionário exemplar!

Uma coisa é certa: Quem conseguiu aprender com ele pode-se considerar uma pessoa verdadeiramente afortunada.

Voltemos anos, muitos anos atrás... Lá, na minha infância!

Como eram boas as manhãs, aquelas na casa do meu avô em, Belém do Pará e, nossos domingos no bosque? Passeios que deixaram saudades, saudades da companhia de um avô chamado Napoleão!

Ao acordarmos, lembro bem do cheiro de pão torrado, ele próprio preparava os pães na chapa para nosso café da manhã. A mesa não faltava nada! Ah, que delícia era tomar café e/ou almoçar em sua companhia. Lembro-me que parávamos para ouvir com atenção as histórias do Vovô Napoleão, recheadas de palavras fartas, de conselhos e ensinamentos, mal sabíamos mas, seriam palavras reflexivas para nossas vidas, lá bem mais adiante!

Sempre era bem vinda a energia que suas abençoadas mãos, transmitiam a segurança na medida exata da necessidade de cada neto, e olha que na década de 60, acho que éramos seis ou sete netos!

Guardados sempre em lugar seguro, seus ensinamentos cheios de sabedoria. Era assim que ele sempre nos transmitia.

Como vibro e arrepio ao relembrar dele principalmente, quando mencionado por meu pai, seu filho mais velho (Roberto Porto), minhas tias Mariuza (2ª filha), Maria Lucia (3ª filha), meu tio (Ronaldo Porto) seu filho mais novo e ainda, com ricos detalhes contados por sua irmã, minha tia avo Estelita (in memorium), muito querida essa senhora.

As conversas memoráveis envolvendo meu avô por vezes, podem varar noites...

É com toda emoção, ternura e carinho que quero hoje e sempre aplaudi-lo, agradecendo pelo tempo passado conosco, como um avô maravilhoso e pedir a Deus que o abençoe onde quer que esteja hoje.

E que de lá ainda, possa olhar pelos seus...

Para concluir, acho que para o Vovô Napoleão não existiam atalhos para se encontrar a felicidade, ou seja, nada de rodeios para se viver em paz, de bem consigo e com o próximo. Nisso ele foi um mestre!

DF, 09/09/2009

* Lembranças da primeira neta de Napoleao Barroso Porto