FOI-SE UMA ESTRELA!
Estranhamente amanheci meio triste naquele domingo.
O radioso sol de Salvador não levantou o meu moral, por isso vim para o PC.
Estranhamente,como se guiada por uma mão invisível,escrevi sobre a morte.
Quando abri meu e-mail lá estava uma mensagem de uma amiga muito querida ;contava que o meu querido Aimberê havia partido para as estrelas,incorporando-se a elas.Muito cedo,talvez!...
Parente é coisa que a gente herda, mas,amigos a gente escolhe.Inclusive,os virtuais.Sabe aquela estória do “nunca te vi,sempre te amei?”
Meus amigos feitos e conhecidos aqui no RL são muitos.Preocupo-me com eles e eles comigo.
Quando meu Pc deu pane quase 10 dias,foram muitos telefonemas que recebi querendo saber de mim e quando abri a caixa de e-mails_Santo Deus!_ havia tantos,demonstrando preocupação com a ausência e alegria pela volta.Um deles,alegre e jocoso,do Berê.
Foi quando descobri que não estava sozinha.
Como entender que nessa manhã de domingo o poeta nos deixou?
Num domingo,quando Deus deveria estar de folga...
Talvez,por isso mesmo.Ele deveria estar necessitando de um amigo bem humorado,para jogar xadrez e o convocou de uma maneira suave,rápida,indolor,como deve ser a morte dos justos.
O poeta de nobre coração,alegre,divertido,quem não desejaria ter por perto?
De repente,recebe um chamado súbito.
Vai,transportado por anjos-não vi,esses meus olhos incrédulos e terrenos não enxergam a visão dessas coisas do alto-anjos como os pintados por Tintoretto e Rafael,anjos sorridentes e afáveis,orgulhosos da pessoa a quem estão transportando.
Suas dores vão desaparecendo e  a Esperança reconquistada é sua companheira.
Ao chegar, Deus abre as portas de par em par e diz:-Bem-vindo seja!
Não vi,como disse só tenho olhos pecadores,mas,imagino o sorriso do Berê respondendo ao sorriso de Deus.