Sentimento de Nação 

Sentimento sagrado,
abertura da individualidade
que nos faz congregar em grupo.

Grupo que no evoluir da humanidade,
que do fundamento
da afinidade biológica,

transcende para a vivência
das relações sociais,

que convergem no viver comum
ao sentimento de nação.

Nação que é alma coletiva de um povo,
que materializa-se
no corpo da Pátria.

Pátria-Mãe, esposa
de um único Deus Pai.

E, portanto, somos
filhos de uma pátria,
gerados da semente
de um único Deus.

Pátrias que ainda
separam os filhos... 
mas que dia será
uma única Mãe?

Mãe-Terra,
seremos então filhos do planeta
e estaremos mais próximos
da fraternidade almejada,

que constituída por nascimento,
ainda não conseguimos
construir pelo nosso livre arbítrio.

Por enquanto, filhos de única Pátria. 
Não uma pátria de raça pura,

mas depositária do congregar
de muitas raças,
no seu nascimento a heterogeneidade.

Pátria diferente,
de muitas cores de epidermes,
de muitos tons de cabelos.

Dos olhos pretos,
também dos castanhos,
dos azuis e verdes.

Pátria que no reboliço
de sua história tenta
descobrir a sua alma de nação.

E em sendo nação,
haverá uma missão
para esta alma coletiva,
a promessa dos céus.

A pátria do coração
dos que, curtidos em pecados,
almejaram a conquista
das virtudes.

Sonho ainda irrealizado,
mas que deve ser semeado
no coração de cada um de nós,

pois que neste momento
gostaria de falar de glórias,
mas cabe-nos o senso de realidade.

E não sem um imaginário cravo
a furar o peito,
onde num versar das letras
antes caberia um poema 
de amargas críticas....

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 04/09/2009
Reeditado em 06/09/2009
Código do texto: T1792720
Classificação de conteúdo: seguro
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