Um Momento, por favor! 
 
É dado estatístico o fato de que um grande número de pessoas é como se visse e vivesse a vida como um todo, sem dar a devida importância, destaque e atenção para cada Momento, que é o que realmente compõe a vida. De fato, comprovadamente um grande número, mas por sorte, nem todos.
 
E nessa outra fatia, sou convicta de que estão os Poetas. E dentre tantos poetas bons que tive a felicidade de encontrar, ler, admirar e ainda ganhar como Amigo Querido, está JORGE LUIZ VARGAS, alma de sensibilidade tão profunda, que Inteiramente fragmentou sentimentos poetando maravilhosamente e em “divisões” os Seus MOMENTOS.
 
Seu livro Momentos –Eu, você, a Lua e a poesia- lançado recentemente, além de toda a qualidade poético-literária, conta com o mesmo nível editorial; a capa é mais um show à parte. Na verdade, é mais do que “mais um livro”... É uma obra! E como tal contém os elementos que tecem a teia do sentir sob vários ângulos, muito especialmente pelos veios do coração.
 
Não dá para apenas ser lido. Antes, durante e após, fica e permanece a sensação de que nos foi possível viajar pelo seu próprio sangue, que num olhar atento de quem lê, deixa à mostra qual a verdadeira cor que tingiu tantas páginas. Sua verdadeira marca se incrusta da primeira à última página, como onde ele se revela e diz: ”(...) (só faltava colocar no papel meus momentos”...). ”todos vividos na imensidão de mim, que poderão servir como espelho e reflexão ou simplesmente serem rasgados e espalhados, levados com o vento, como folhas mortas pelo chão”.
 
Aqui replico eu, Jorge: sim, lendo percebe-se o quanto teus Momentos foram vividos na imensidão de ti, que agora chegam a nós, fazendo Nossos Momentos mais doces, mesmo quando alguma poesia “chora” e deixa um pouco de sabor amargoso no canto da boca... Quiçá dos olhos.
 
E tenho certeza de que teus poetares são mesmo espelho, reflexão, e digo, ainda, reflexo. Porém, é indiscutível que erraste em algo meu amigo. Erraste ao dizer que “simplesmente (poderiam) ser rasgadas –poesias/Momentos poéticos- e espalhadas (os), levados ao vento, como folhas mortas ao chão”. Não... Não mesmo! Tua poesia/teus Momentos, amigo, são o reflexo de um espelho onde as pessoas deveras sensíveis se verão refletidas, ainda que não busquem enxergar seu próprio interior. E teus Momentos são, também, as folhas que ao caírem pela maturidade e ao haver completado o ciclo, servirão de mais potente e eficiente adubo em tantos peitos que ainda sonhem e vislumbrem possíveis raios iluminando caminhos que somente a poesia consegue mostrar com transparência e em essência.
 
Assim é o teu livro, amigo. E cada poesia/Momentos segreda o tanto de vivência exatamente como todo e qualquer indivíduo deveria viver/transitar a vida, em e por Momentos. A maior “prova” de que isso é aparente e claro? Na tua poesia “Não me perca”, quando versejas assim “(...) Não me perca, por achar que somos ponto final / Se mal começamos nosso ponto de partida”...). Eis a chave que sempre abriu, a que estará incansavelmente reabrindo e mantendo escancaradas, as janelas do teu Ser-Sentimento, avaliando e (re)criando todos os Momentos. A partir daí, o nascedouro sem fim de novas poesias e novos Momentos.
 
Jorge, Amigo Querido, parabéns pela beleza total e integral do livro/obra. Já é sucesso, não tenho dúvidas. Que este tenha sido o que liberou as gotas inicias, que ainda transbordarão em mais e mais outros... Porque se escrever já “vicia”, em se sabendo que toca almas e agrada tanto, o prazer e a alegria tomam conta, sendo o mais salutar vício, do qual nunca mais se quer ser liberto. Obrigada pelo carinho e por, ao enviar o livro, “acomodar novamente minha visão tão sem foco”, e em alguns Momentos da leitura, me levar a exercitar outra vez e mais intensamente, o sentir mais do que o ver...
 
Veronica de Nazareth-Noic@
 
Veronica de Nazareth é Jornalista, Radialista, Historiadora e Escritora. Atua nos meios de Comunicação, em diversas cidades. Editora dos jornais Enfoque Rural e Della's News. Escreve poesias, crônicas, contos, romances e livros históricos.
 

Jorge Luiz Vargas
Enviado por Jorge Luiz Vargas em 03/09/2009
Reeditado em 03/07/2012
Código do texto: T1790399
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