A U S Ê N C I A
É catástrofe sem limites
Nossos ideais se anulam
Minhas mãos já tremulam
É primavera sem flor
Como um trem fora do trilho
E um espelho sem brilho
É copa do mundo sem gol
É quase um desespero
Ventosas não mais respiram
Nossos olhos já não brilham
Ficamos aqui inerte
Pinga lágrimas na adutora
Lá se vai nossa “Doutora“
E o prata já não verte
É como a falta da mãe
Que seus filhos choram tanto
É um beija-flor em prantos
E uma gerência sem madrinha
É uma salva-vidas sem vexame
Vendo um cortiço sem enxame
Sem ter sua “ ABELHA RAINHA “
Janeiro 2002
Por ocasião da despedida de sua gerente