A U S Ê N C I A

É catástrofe sem limites

Nossos ideais se anulam

Minhas mãos já tremulam

É primavera sem flor

Como um trem fora do trilho

E um espelho sem brilho

É copa do mundo sem gol

É quase um desespero

Ventosas não mais respiram

Nossos olhos já não brilham

Ficamos aqui inerte

Pinga lágrimas na adutora

Lá se vai nossa “Doutora“

E o prata já não verte

É como a falta da mãe

Que seus filhos choram tanto

É um beija-flor em prantos

E uma gerência sem madrinha

É uma salva-vidas sem vexame

Vendo um cortiço sem enxame

Sem ter sua “ ABELHA RAINHA “

Janeiro 2002

Por ocasião da despedida de sua gerente

Verí
Enviado por Verí em 20/08/2009
Reeditado em 20/08/2009
Código do texto: T1765105