Manoel Bandeira.
"Desencanto"
"Eu faço versos como quem chora,
de desalento...De desencanto...
Fecha o meu livro se por agora,
não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue, volúpia ardente,
Tristeza esparsa...Remorso vão...
Doi-me nas veias, amargo e quente,
cai, gota a gota, do coração.
E nesses versos de angústia rouca,
assim dos lábios a vida corre,
deixando um acre sabor na boca.
-Eu faço versos como quem morre".
O incomparavel "Manuel Bandeira"...Quem não chora quando o lê.