CLAUDIONOR PINHEIRO - Meu pai!
Hoje meu pai faz 63 anos.
63 de vida, 63 de dedicação, o dobro de amor.
O meu pai é um daqueles homens que trabalhou desde sempre, estudou com dificuldades... Cresceu, viveu, sobreviveu.
É um daqueles pais de quem se tem orgulho falar: sou Alessandra, FILHA DE CLAUDIONOR.
Foi assim desde os tempos de escolinha, perpassou pelos tempos de segundo grau e reforçou-se nos tempos de faculdade.
Nesta cidade, onde todos conhecem todos, sabem os nomes, apelidos, número de matrícula da Vale, todos que ouviram de mim "sou filha de Claudionor", responderam com um aceno de cabeça, um sorriso e uma confirmação: "Claudionor do Campestre", o que por vezes variou para "Claudionor da borracharia da Vale?"
É homem probo, benquisto, bem lembrado.
Meu pai tem um sorriso contido, uma postura respeitável, mesmo após tantos e tantos parafusos espalhados entre os joelhos e a coluna. Eu, que não passei pela dor de tê-los, os vejo como marcas do tempo e sei que cada um deles foi necessário em virtude de um esforço. São quase prêmios, registros de uma vida de luta.
Meu pai é um homem de palavras acertadas, de palavras bem medidas e bem pensadas (até demais!). É um homem que conversa através dos olhares, e principalmente, através do silêncio. E como ele fala quando se cala!!!
Meu pai, é o homem que carregou minha primeira filha nos braços logo no dia em que ela nasceu e ali nascia um avô! Que carregou minha segunda filha nos braços e que tem com ela uma relação de cumplicidade invejável. Que carregou minha segunda filha que nasceu em meio a muitas dificuldades e certamente, uma delas, era o agravamento da doença de minha avó paterna. Sim... era o ciclo da vida se fazendo: uns chegando e outros indo. Mas ele foi filho, é pai, é avô e é amigo.
Meu pai é o homem com quem trabalhei durante algum tempo, com quem aprendi a lidar com as pessoas, de quem ainda tenho muito o que aprender.
Sei que não aprenderei porque, por certo não herdei, o temperamento fleumático, a paciência de esperar que as coisas aconteçam no seu devido tempo! Mas, que graça teria se fossemos iguais?
MEU PAI! Amigo Recantista! Claudionor Pinheiro.
Hoje ele completa 63 anos.
Obrigada a Deus Pai, ao Filho e ao poder Espírito Santo.
Obrigada por me permitir o meu pai; obrigada por presentear minhas filhas com o avô que ele é para elas.