SER PROFESSOR
Assim, embalados pela emoção, contagiados pela dinâmica do movimento, envolvido por um ciclo de comportamentos, nos tornamos parte de um cenário inconstante, onde a diversidade enriquece a capacidade de transformar a real forma de pensar, de assistir e acompanhar o mundo, alicerçando esperança e sonhos.
É neste contexto que aprendemos os verdadeiros valores, que nos embriagamos com a presença alheia, que nos permite construir junto ao novo parte de um amanhã que traga segurança, confiança e crença.
Participamos em parte de um grande patrimônio, mediadores de uma formação que aos poucos tende a despertar um maior interesse ao se alegrar com o mínimo e fazer dessa alegria vários outros motivos para o encontro consigo próprio, agora certo que a felicidade paira sobre curvas e retas a objetivar um futuro melhor que o atual presente.
Por tudo isso, ao desempenharmos nosso papel nos é remetido o que tentamos oferecer em doses maiores. Aflora, portanto, uma emoção em que as palavras são incapazes de descrever, por saber e certificar-se que diante de cada ação provida de carinho ou descontentamento sempre existirá uma justificativa significativa, quando o professor acaba por se transformar em aluno.
O dom de ser professor está no encher-se e no esvaziar-se,
no brilho de cada olhar,
nos passos certos e em passos cruzados.
Está na beira e em meio.
Na voz que grita desesperada ou em euforia alegria.
Está no brilho do sol.
No ascender da lua acompanhada pelas estrelas.
Está diante e no depois,
na partilha.
Está no compreender,
no aceitar por inteiro ou simplesmente não aceitar.
O dom de ser professor é nunca deixar de ser humano. É saber com clareza o verdadeiro propósito de sempre aprender com tudo e com todos...
OBRIGADO SEMPRE:
Por oferecer-me um pedaço do seu mundo, pois muito acrescenta ao meu!!!
Betim, 19 de outubro de 2008.