CIDADE NATAL, QUERIDA TERRINHA!
Uma cidade tem vida através das vidas que nela vivem. Tem passado através das vidas que ali viveram. Tem futuro escrito no presente de seus moradores e na sua luta contínua pela sobrevivência digna.
Uma cidade aniversaria no coração daqueles que a amam. Palpita na emoção dos seus filhos, enternece-se com a sensibilidade de seus homens de bem.
Não pode ser por acaso que Deus nos coloca em determinado lugar, reúne pessoas e nos faz dividir o brilho do sol, a claridade da lua, a essência da vida. Conhecemo-nos enquanto isso e nos amamos, dividimos responsabilidades, sonhamos ou juntos sofremos. Somos solidários, ou aprendemos a sê-lo, no seio da mãe terra-natal.
E sentimos sempre saudades daqueles que se foram e marcaram a nossa vida; daqueles que partiram para outros cantos, outros recantos ou para outra vida, ou ao passarmos por um lugar onde vivia aquele amigo, ou aonde corríamos quando crianças nas nossas brincadeiras infantis, ou rezávamos junto a nossos pais, onde estudávamos ou aonde caminharam os nossos sonhos de futuro.
Tudo isso fica na terra onde nascemos e crescemos. Todos esses que se foram são nossos pais, amigos, irmãos e quantos sonhos...
Nos passeios de uma rua, ainda que de um modo inaudível, ecoam os passos daqueles que aqui viveram e aqui amaram, sorriram, choraram e, na certa, muito se orgulharam de sua cidade natal.