Mote: Não saio muito bem em fotografias
Por
Eu..."Não saio muito bem em fotografias
Porque meu melhor lado
a foto não pega não me faz bela
ou me faz juz.
Porque meu melhor lado
não é o esquerdo.
nem o direito.
É o de dentro"
de mim
de
Boas produções queridos poetas
Os fotografos de antigamente
Eu sou do tempo
em que, as fotos artisticas, mereciam o melhor vestido,
o melhor penteado,
Nesse dia, o da fotografia, de estudio
era dia especial de tirar o retrato.
Geralmente era num domingo
Escolhia-se sempre o fotografo mais afamado,
que nos recebia à porta
com afabilidade estudada.
E, lá iamos para detrás de uma cortina,
onde tudo acontecia.
Toque daqui, toque de acolá, o fotografo metia a cabeça
numa caixa pequena, que tinha um pano preto .
e trás, carregava numa espécie de botão e dizia:
"olhem este passarinho não o deixem fugir
esta aqui na minha mão "e acabava a sessão,
com uma grande explosão, que nos fazia fechar os olhos de confusão.
Sem antes dar os retoques, cabeça mais acima, ombro mais ao lado,
o pai fica aqui a mãe do outro lado,
um laço torto endireitava-se,
um caracol do cabelo mais corrigido,
e sempre a olhar em frente de sorriso fingido.
Depois as provas, a preto e branco, ou um bege acastanhado.
Mas das que eu gostava mais ...
Eram aquelas máquinas de jardim, ficavam logo ali prontinhas .
Em segundos cá tínhamos o nosso retrato.
Risadas alvoroçadas, desconsoladas ,
mas para gente ,era dia contente, era uma alegria esfuziante.
Hoje são as nossas recordações, momentos de emoções .
Tenho muito carinho por elas ,as minhas fotos antigas.
.Parece, que a nossa alma estava ali ,a saltar
de dentro do pedaço de papel,
com uma figura, quase sempre a sorrir.
Por vezes desconheciamo-nos tal a posição.
O rosto, aberto a rir ou muito circunspecto `e, até ficávamos sem cabeça,
cara torta, sem pés, tremidas, sumidas.
Não havia lado melhor ou pior, havia a foto da gente.
Agora, a tecnologia faz a fotografia.
Já não existem fotógrafos na rua, de máquina
ás costas, que diziam:
“fotografia menina! quem quer uma fotografia….”
E a gente, puxava o braço da mãe ,e corriamos...
Não havia preocupações de posições.
Era assim a foto, só para marcar um dia feliz da nossa vida.
Com o cão, com a ama ,
e até quem passava á frente, acabava por ficar também .
Nas fotos tiradas agora a preceito!
fico mal, porque não me consigo entender....
Sei que tenho o meu lado melhor...
Mas esse, não aparece na foto.
O colorido dá-lhes vida mas, as minhas preferidas,
são as antigas....
São naturais, parecemos reais.
Têm ali o nosso coração a palpitar de emoção.
Cheguei a ter uma kodak daquelas enormes de caixa preta.
Fotografei tudo. O cão, o gato, as galinhas ,os patos ,a família,os empregados,os amigos,
os vizinhos, tudo o que me aparecia pela frente eu registava.
E lá na roça ?em tempo de férias? aquilo eram dias de festa.
Todo o mundo queria ficar nas fotografias.
Até um dia, fiz espera a um jacaré já velho sabido, que andava ali a rondar à beira do rio.
Eu, indiferente aos perigos que existiam,
percorria trilhos, com a criançada e com a minha kodak preta preparada....
Valia-me sempre, o olhar atento, do nosso velhinho cozinheiro ,que travava os meus intentos e, olhava pela sua menina...
Depois vieram outras máquinas... essa a de caixa preta? desapareceu. Ela era uma tentação.....se calhar, caiu ao rio e, o tal do jacaré, engoliu-a....
E até um dia disse: com o ar mais solene que tinha, que queria ser fotografa de linha.
Quanta recordação, quanta emoção fica na alma da gente.
de tta
09~06~06
Eu sou do tempo
em que, as fotos artisticas, mereciam o melhor vestido,
o melhor penteado,
Nesse dia, o da fotografia, de estudio
era dia especial de tirar o retrato.
Geralmente era num domingo
Escolhia-se sempre o fotografo mais afamado,
que nos recebia à porta
com afabilidade estudada.
E, lá iamos para detrás de uma cortina,
onde tudo acontecia.
Toque daqui, toque de acolá, o fotografo metia a cabeça
numa caixa pequena, que tinha um pano preto .
e trás, carregava numa espécie de botão e dizia:
"olhem este passarinho não o deixem fugir
esta aqui na minha mão "e acabava a sessão,
com uma grande explosão, que nos fazia fechar os olhos de confusão.
Sem antes dar os retoques, cabeça mais acima, ombro mais ao lado,
o pai fica aqui a mãe do outro lado,
um laço torto endireitava-se,
um caracol do cabelo mais corrigido,
e sempre a olhar em frente de sorriso fingido.
Depois as provas, a preto e branco, ou um bege acastanhado.
Mas das que eu gostava mais ...
Eram aquelas máquinas de jardim, ficavam logo ali prontinhas .
Em segundos cá tínhamos o nosso retrato.
Risadas alvoroçadas, desconsoladas ,
mas para gente ,era dia contente, era uma alegria esfuziante.
Hoje são as nossas recordações, momentos de emoções .
Tenho muito carinho por elas ,as minhas fotos antigas.
.Parece, que a nossa alma estava ali ,a saltar
de dentro do pedaço de papel,
com uma figura, quase sempre a sorrir.
Por vezes desconheciamo-nos tal a posição.
O rosto, aberto a rir ou muito circunspecto `e, até ficávamos sem cabeça,
cara torta, sem pés, tremidas, sumidas.
Não havia lado melhor ou pior, havia a foto da gente.
Agora, a tecnologia faz a fotografia.
Já não existem fotógrafos na rua, de máquina
ás costas, que diziam:
“fotografia menina! quem quer uma fotografia….”
E a gente, puxava o braço da mãe ,e corriamos...
Não havia preocupações de posições.
Era assim a foto, só para marcar um dia feliz da nossa vida.
Com o cão, com a ama ,
e até quem passava á frente, acabava por ficar também .
Nas fotos tiradas agora a preceito!
fico mal, porque não me consigo entender....
Sei que tenho o meu lado melhor...
Mas esse, não aparece na foto.
O colorido dá-lhes vida mas, as minhas preferidas,
são as antigas....
São naturais, parecemos reais.
Têm ali o nosso coração a palpitar de emoção.
Cheguei a ter uma kodak daquelas enormes de caixa preta.
Fotografei tudo. O cão, o gato, as galinhas ,os patos ,a família,os empregados,os amigos,
os vizinhos, tudo o que me aparecia pela frente eu registava.
E lá na roça ?em tempo de férias? aquilo eram dias de festa.
Todo o mundo queria ficar nas fotografias.
Até um dia, fiz espera a um jacaré já velho sabido, que andava ali a rondar à beira do rio.
Eu, indiferente aos perigos que existiam,
percorria trilhos, com a criançada e com a minha kodak preta preparada....
Valia-me sempre, o olhar atento, do nosso velhinho cozinheiro ,que travava os meus intentos e, olhava pela sua menina...
Depois vieram outras máquinas... essa a de caixa preta? desapareceu. Ela era uma tentação.....se calhar, caiu ao rio e, o tal do jacaré, engoliu-a....
E até um dia disse: com o ar mais solene que tinha, que queria ser fotografa de linha.
Quanta recordação, quanta emoção fica na alma da gente.
de tta
09~06~06