HOMENAGEM A WILMA BARTHOLETTI (MÃE)
HOMENAGEM Á WILMA BARTHOLETTI DE OLIVEIRA
Querida mãe peço todos os dias para a Sra, renascer há tanta coisa que eu queria te dizer...Tudo aqui mudou e eu entristeci!
Aquele quebra-cabeça que estava montado quando a Sra. Partiu... Ah!... Ele se espalhou... Algumas peças se perderam, algumas nunca mais foram achadas... Outras foram achadas, mas estavam feias e sem vida!!!
Outras foram em tentativas, refeitas. Mas nunca mais foram iguais..., Nunca mais tiveram a beleza da 1ª cor... O brilho se apagou, mas foram colocadas no lugar e, assim mesmo lutam para se adaptar...
O tempo passou, outras peças de “outros” quebra-cabeças foram formadas..., Distribuídas em grupos e formaram “outros” quebra-cabeças... Uns ficaram, lindamente montados, outras agora tentam se encaixar e outras ainda não conseguiram se encontrar... Mas vivem agrupadas...
O quebra-cabeça antigo se desfaz a cada instante, cada peça se desencaixa por um motivo, motivo do passado, das peças que se foram... E que de alguma forma, para cada peça que ficou abalou a única paisagem... A PERFEITA.
Sinto saudades...
Sinto saudades das coisas, do cheiro, do ar, do clima, da palavra, do ensino, da união, do amor, da vida, da casa, do ambiente, da felicidade, das músicas..., Saudades do nosso lar!
Sinto saudades da Senhora...
Sinto saudades do meu coração, da minha vida, de ser amada, de ser compreendida, da sua voz dizendo “Minha Marta Rocha...”, Dos beijos, do afagar em meus cabelos, de nossa família, da alegria de meu pai, saudades de meu irmão..., das brigas, da capuchetta, do quadrado, do balão, da bicicleta caloi azul pavão.... Saudades da reforma da nossa casa!
Saudades de sua saúde...
Do equilíbrio, de sua preocupação, do seu chá mate nas tardes de inverno, do leite de “litro de vidro”, do Sr. Américo da padaria, do Sr. Francisco que construiu o nosso lar (sobrado), da vizinha Jeanete, da Rosa e de seu filho André, que deve estar aí no céu com a Sra., que morreu ainda com quatro anos de idade, da Viela, da roseira do nosso jardim, do guarda livros e seu canil com cachorros “Lessie”, do acompanhamento escolar, das festas, do Domingo de páscoa, das reuniões do “Encontro de Casais” , de nossos familiares.... Saudades... Da Vó, do Vô, da bisavó, dos tios, e de todos que se foram....
Sinto saudades...
Sinto saudades do seu cheiro de mãe, do teu beijo e abraço, da sua boa “surra” do seu “dedo” (indicador) me chamando atenção, do seu colo, da programação da TV, da nossa casa, da minha inocência...
Mãe quando chegar a permissão Divina, quero ir para o céu e estar com você...
Se sou muito ruim aqui, me oriente. Se for descrente peça que alguém me perdoe, cometi muitos pecados... Interceda e peça por mim o perdão.
Sei que aí nesse novo plano a Sra. não é mais a minha mãe, me vê com outros olhos, olhos de sabedoria... Mas não me decepcione... Não reencarne, pois quero encontrá-la aí...
Mãe te amo, peça que minha tarefa aqui na Terra seja breve,... A Sra. sabe como sempre fui, tudo que faço em meu benefício ou de outro alguém e que penso que é bom, no final é ruim...
Meus caminhos parecem que sempre foram tortuosos...
Neste momento minha emoção é muita....
Me receba como filha, me abrace, me aconchegue...
Tenho Saudades...
O que aqui foi feito, e como tudo ficou, não há mais retorno ou contornos... ME ILUMINE.
Mãe. TE AMO !!!
ROSILEY FREITAS - 10/03//01