Ao Sandro, Com Amor
Levanta todos os dias às três horas da manhã para levar o sustento à sua família.
Cuidadosamente embala seus jornais como se fossem seus filhos.
Separa-os minuciosamente por títulos para que não se misturem.
Coloca-os na bolsa para não amassá-los.
Na sua moto sai às ruas para cumprir sua tarefa
Mesmo em dia chuvoso ou ensolarado, nunca falta
É anônimo na multidão
Muitos nem seu nome sabem
Mas conhecem sua profissão.
A cada um entrega o jornal
Quando todos estão dormindo
Seu compromisso é consigo mesmo
E não importando-se com o frio...
Tantas vezes tentei convencê-lo, a desistir desta profissão
Mas, ele nunca me ouviu e continuou trabalhando com seu jeitão
Muitos não o conhecem e o humilham sem se preocupar
Que por traz das mãos machucadas, existe uma pessoa esperançosa por um sorriso.
É muito honesto e trabalhador, homem íntegro e valoroso
Vendia pipas para sustentar a sua família
Quem o conhece sabe do que estou falando
Sandro, o jornaleiro, simples e amoroso
Ama sua família abaixo de Deus.
Não há palavras para expressar, este que a mãe perdeu cedo
Venceu na vida sozinho, aprendeu desde cedo as amargas da vida
Tem pelo irmão Sergio profundo amor
Embora não saiba demonstrar.
Desejo-lhes o melhor que há na vida
Também os espinhos da rosa
Pois que nessa vida é assim
E torna a vida mais gostosa...