MÃE... FOI ASSIM ?
A menina nasceu!
Primogênita da espera,
chegou no colo da primavera,
envolta nos braços do inverno.
A alegria se abriu,
no rostinho rosado da aurora e do vinho.
Alí cresceu...
Entre o frio da serra e o perfume do campo.
Paixões surgiram, nos bailes da vida,
na igrejinha querida, no cansaço da lida...
corações dançaram, a dança do amor,
juntaram- se os corpos,
plantaram amores,
colheram seis flores, de todas as cores,
Uma murchou, perdeu a cor, perdeu o viço, mas ganhou asas no firmamento.
Ah! quanta dor...
Pensou em desviver , naquele momento.
Pobrezinha flor, incomparável ser,
venceu o soluço da saudade,
num coração trucidado, residia a força,
que atingiu a extremidade da terra.
Tudo voltou a florir.
Hoje , finda-se um tempo,
acabou- se a tristeza,
Nasce com o sol uma nova era,
saudade do antigo tempo,
da infância menina, do vento gelado,
das serras de Santa Tereza.